16 de dezembro de 2017
No 10º dia de Greve de Fome, com mais de 40 militantes sem se alimentar contra a Reforma da Previdência, a luta e resistência dos trabalhadores e trabalhadora do campo e da cidade em todo País derrotaram a Reforma da Previdência nesta quinta-feira, 14 de dezembro, dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em coletiva de imprensa anuncia o adiamento da votação proposta para dia 5 e votação para 19 de fevereiro de 2018.
O MPA está convicto de que à Greve de Fome e as manifestações que convulsionaram o Brasil de Norte à Sul nestes últimos dias foram os grandes responsáveis por essa conquista dos trabalhados do campo e da cidade que juntos, cerraram fileiras e protagonizaram mais essa conquista popular.
A Unidade de Classe e o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), somados a visita do Cardeal Dom Sergio da Rocha aos grevistas na Câmara dos Deputados foram fundamentais para o processo de mobilização radical em defesa da vida. Pois como disse Dom Leonardo Steiner, secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “não se pode decidir sobre a vida do povo brasileiro ao redor de mesas de jantares é preciso ouvir o povo”.
Para Josi Costa, que fez greve de fome por 10 dias, aponta que: “a greve de fome é uma das formas de luta que se chega ao extremo, mas que fizemos com muita compreensão, com muita certeza que com essa luta e junto com demais íamos conseguir barrar essa votação, pelo menos agora em 2017, para que as famílias e o povo tivesse um natal feliz, um natal sem mais uma derrota”. Desde o golpe em 2016 a cada dia que passa a Classe Trabalhadora tem sido golpeada com a retirada de direitos, os camponeses e camponesas consideram a Reforma da Previdência um dos piores golpes desse governo golpista e ilegítimo de, Michel Temer, e sua base aliada.
“Foram 10 dias de muita esperança, fome, tristeza, agonia, convicções da luta e certeza que só a luta faz valer, que só a unidade do povo do campo e da cidade, a unidade da Classe Trabalhadora que conseguimos sim ter nossas conquistas e não deixar ter derrotas das conquistas que a gente teve ao longo da nossa história como a Previdência que é desde a Constituição de 88”, explica Josi.
Para o MPA e para o MMC esse foi um largo passo de uma grande vitória que será conquistada em fevereiro. A greve de fome contra Reforma da Previdência foi encerrada nesse ano, “mas não vamos cochilar, não vamos dormir, vamos estar erguidos de olhos bem aberto contra o Capital, contra esse governo e não vamos deixar, nem permitir, que se tenha mais retrocessos em nosso país, chega, basta tudo o que aconteceu e a partir de janeiro estaremos em vigília todos os dias no campo, nas cidades, nas nossas bases, não vamos deixar esse governo em paz até que essa reforma caia. Com fé no povo, com fé na luta vamos derrubar essa Reforma, seguimos firmes, de punho erguido com muita esperança e força para seguir a luta”, argumenta Josi Costa.
Por sua vez Bruno Pilon da coordenação nacional do MPA, afirma: “permaneceremos em luta constantes contra a retirada de direitos e iremos cerrar fileiras, em especial caso essa reforma torne a ser colocada em pauta para votação novamente”.
O desjejum foi realizado na sede da CNBB em Brasília onde os grevistas realizaram a primeira refeição após à greve de fome contra a Reforma da Previdência, seguindo as orientações médicas para que possam retornar à sua vida normalmente. Também foram realizados exames laboratoriais para assegurara que os grevistas estivessem bem.
Por Comunicação MPA
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