Para o Movimento, a agroecologia deve ser camponesa, afirmando os povos do campo e das florestas como agentes ativos desse processo, deve ser desenvolvido para as massas, de modo a vincular-se substantivamente ao abastecimento popular. Não há perspectiva para um projeto camponês de agricultura sem a perspectiva do abastecimento popular.
Desse modo a Agroecologia camponesa para nós é um conceito que busca expressar a exigência operacional do desenvolvimento de sucessivos elos para se atingir a Soberania Alimentar. É fundamental não desvincular a agroecologia dos seus sujeitos, os camponeses e os povos originários e tradicionais.
O MPA defende um processo sistemático de transição para a Agroecologia Camponesa, superando o modelo degenerativo imposto pelo agronegócio e o pacote da revolução verde, imposto duramente pelas grandes empresas e o Estado as famílias no campo, há anos esse modelo já demonstra suas debilidades e seus impactos a saúde e a vida do planeta, a transição para a agroecologia é uma necessidade para retomar o equilíbrio ambiental, e garantir de fato alimentos com qualidade para o povo.
A agroecologia camponesa se desenvolve para nós como um modo de ser, viver e produzir das comunidades do campo, baseada em modelo produtivo que respeite e se integre ao meio ambiente, e tem na produção de alimentos e no abastecimento popular um de seus objetivos fundantes, para o MPA a agroecologia não se efetiva, desvinculada de sistemas de abastecimentos que envolvem o campo e cidade, sejam por vínculos criados e mediados pelo e através do de políticas de abastecimento ou edificadas pelo poder popular.