Bandeira do Movimento em um Mutirão da esperança camponesa na Bahia
Dentre a diversidade dos símbolos do Campesinato o Mutirão talvez seja uns dos elos imateriais mais fortes da cultura camponesa em qualquer parte do país, manifestando-se com outros nomes, Mutirão, batalhão, puxirão ou pixurum, ajuntamento, todos significam um esforço feito em conjunto, coletivo e solidário, visando alcançar um objetivo comum. É um esforço onde muitos se ajudam para resolver um problema comum ou apoiar e dar solidariedade para alguém em necessidade. Pode ser também um ajuda entre vizinhos para preparar uma festa, um trabalho na lavoura, a realização de um plantio para uma família com alguma pessoa doente.
A palavra “mutirão” origina-se do termo tupi motyrõ, que significa “trabalho em comum”, é uma herança do rosto indígena no campesinato brasileiro que perdura até hoje, enfrentado o individualismo defendido pelo sistema capitalista.
Foi nesse sentido que o MPA decidiu em 2017 iniciar um grande Mutirão em todo o Brasil, dessa vez em torno da Esperança Camponesa. O Movimento inciou nesse ano, um processo de Formação e Mobilização, envolvendo as famílias camponesas organizadas ou não no movimento e diversos parceiros do campo e da cidade.
Em Mutirão o MPA percorreu municípios do Brasil profundo, retomou o animo de centenas de famílias e militantes, organizou processos de luta contra a Reforma da Previdência, constitui lutas por escolas no campo, comercialização dos produtos, resgatou experiências produtivas, e o mais especial permitiu com que uma nova geração de jovens, de filhos e netos dos fundadores, assumem a rédeas dos processo organizativos do Movimento em todo o país.
O processo de Mutirão que iniciamos em 2017 e perdurou por todo o ano de 2018, trouxe como palavra geradora a consigna “ Quem Alimenta o Brasil, exige respeito”, e durante esse ciclo atingiu cerca de 250 mil pessoas no campo e na cidade.
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