25 de setembro de 2024
A Campanha que atua em defesa dos povos do campo, das águas e das florestas foi tema do TV MPA, de 24 de setembro de 2024, com as presenças do jornalista Paulo Miranda, da Dra. Letícia Chimini (assistente social e militante do MPA) e de Carlos Lima, membro da Coordenação Nacional da CPT – Comissão Pastoral da Terra.
SOBRE A CAMPANHA
O processo de expansão do capital acirra a violência no campo, nas águas e nas florestas ao tentar converter em mercadoria os nossos bens comuns: terra e natureza.
Segundo o Centro de Documentação Dom Tomás Balduíno, o Brasil registra uma média de um conflito no campo a cada quatro horas.
Diante do cenário, a Campanha Contra Violência no Campo nasce como uma ferramenta coletiva na luta social em prol do enfrentamento à injustiça, à opressão e à desumanidade sofrida pelos que vivem e resistem em defesa das suas terras e de seus territórios.
E urgente reverberar os clamores desses povos e comunidades, cobrando do Estado a efetivação de seus direitos e anunciar a esperança rebelde desses povos que, mesmo diante da mira da violência no campo, seguem cultivando a terra e ofertando mesa farta e prato cheio.
OBJETIVOS PRINCIPAIS
Enfrentar a violência com ações e políticas de proteção às comunidades e aos povos do campo, das águas e das florestas;
Dialogar e sensibilizar a opinião pública nacional e internacional;
Denunciar e trazer visibilidade para os casos de violência;
Fortalecer iniciativas e campanhas existentes relacionadas ao tema;
Anunciar proposta de reforma agrária popular e demarcação de territórios;
Articular redes de apoio para atenção e assistência às vítimas.
CONFLITOS QUE MARCARAM 2022
1. Foram registradas 2.018 ocorrências de conflitos no campo, envolvendo 909.450 pessoas.
2. 47 pessoas foram assassinadas no campo e o número de tentativas foi o maior registrado do século XXI.
3. Entre 2019 e 2022, foram registradas 3.552 mortes de crianças de até 4 anos, e 515 suicídios entre os povos indígenas.
4. Foram registradas 225 ocorrências de conflitos por água envolvendo 44.440 famílias, e quatro assassinatos.
5. 6.831 famílias foram atingidas pela aplicação de agrotóxicos, 86% a mais que 2021.
6. 2.220 pessoas foram resgatadas de condições análogas à escravidão no campo, o maior número dos últimos dez anos.
Fonte: Centro de Documentação Dom Tomas Balduíno/CPT e Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Segundo o Relatório de Conflitos no Campo, organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), 2023 foi o ano com maior número de conflitos agrários da última década, com 2.203 ocorrências. Os casos de trabalho escravo rural também colocam 2023 no topo do ranking dos últimos dez anos, com 2.663 trabalhadores resgatados.
O Conselho Missionário Indigenista (Cimi) aponta para a escalada da violência contra os povos originários. Em 2023, 208 indígenas foram assassinados no Brasil, contra 108 em 2022. Os indígenas foram alvo de 1.276 casos de violência contra o patrimônio no ano passado. Nessas investidas, tiveram moradias, casas de reza e pertences destruídos. Os dados são dos relatórios Violência Contra Povos Indígenas no Brasil, organizados pelo Cimi.
No modus operandi das investidas, ganha destaque a pistolagem – quando indivíduos ou grupos armados fazem ameaças e ataques contra as vítimas -, com 264 casos em 2023, segundo a CPT.
Fonte: Brasil de Fato
Mesmo diante desse grave cenário de violência, o avanço desses conflitos cresce diante da impunidade dos seus grandes causadores e do próprio Estado, que escolhe calar-se diante às atrocidades ao ignorar o grito dos povos do campo, das águas e das florestas por justiça e dignidade.
É urgente que o governo retome a reforma agrária no país, acompanhada de apoio às pessoas assentadas ou que têm seus territórios reconhecidos, por meio de subsídios e apoio técnico e social às ações de implantação de infraestrutura básica.
Chegou a hora de povos e comunidades se unirem para mudar esse cenário.
Venha Fazer Parte Dessa Luta
Assine o manifesto:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSet_tu46tmjJW3bgmlANL_2VBdCh1eDaiSC6NLAc5RGYNGtEQ/viewform
Assista a íntegra da entrevista no TV MPA:
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