31 de outubro de 2017
Há muito tempo, vem se discutindo no município de Barra de São Francisco no Espirito Santo, o solo como um sistema complexo de manutenção da vida a parti de sistemas ecológicos, pois, a região é bastante degradada com pastos rústicos, bastante sofrido, principalmente com a crise hídrica que vem castigando as camponesas e camponeses. Paulo Henrique Radaik, um estudioso na área, militante do Sistema Agroflorestal, ministrou o Curso de Agricultura Sintrópica, desenvolvido por Ernst Götsch, que trabalha a recuperação do solo e da natureza, associando cultivos agrícolas com florestas, incorporando conceitos ecológicos de manejo de agroecossistemas.
As famílias do Movimento do Pequenos Agricultores (MPA) na cidade e, junto com a Organização de Controle Social (OCS), que tem como função credenciar a produção agroecológica, dialogaram e viram a necessidade de repensar a forma de produzir para trabalhar a recuperação do sistema de uso da terra.
O curso de Agricultura Sintropica se deu no final de semana, dias 21 e 22 de outubro (2017), na propriedade agroecológica do casal de camponeses e reikianos, Carla de OIiveira Calaes Marim e Sergio Luiz Marim. Com participação de Camponesas e Camponeses da região de Nova Venécia, Água Doce do Norte, São Gabriel da Palha, Vila Velha e companheiros de Minas Gerais.
De início, todos os participantes destacaram o sentimento e a importância de estar fazendo parte deste momento e, de construir boas perspectivas quanto ao uso ecológico da terra. Para contribuição teórica e conceitual, houve grande contribuição de Paulo H. Radaik que trouxe elementos para guiar as famílias e desmistificar a complexidade dos sistemas agroflorestais e fomentar a sucessão ecológica. Logo em seguida, partiram para a prática, foi implantada numa área de 900 metros quadrado, mais de 60 espécies de culturas, entre árvores nativas e mudas de frutas, hortaliças e legumes que as famílias já havia produzido.
Para a região foi excelente, pois foi disseminado uma semente da agrofloresta, que as famílias que acreditam na vida, iram compreender a real necessidade de se fazer a sucessão ecológica, utilizando da tecnologia social. O técnico em aquicultura e especialista em agroecologia, Douglas Alvaristo Fernandes afirma, “é muito importante este tipo de atividade, intercambio, troca de conhecimento entre as famílias, a construção de tecnologias sociais, que embora tenha um facilitador, o protagonismo é do camponês. E nossa região tropical é a que vai libertar desse modelão, nosso solo temos que aprender a conviver com ele tampado, com a floresta, que é o ápice da sucessão ecológica”. A Agricultura Sintropica trabalhar a favor da natureza e não contra ela, portanto devemos incorporar os recursos naturais, e devolver ao solo todo o agroecossistema que nele vive.
Por Comunicação MPA
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