14 de outubro de 2021

Além do seminário, alimentos da agricultura camponesa foram doados no dia de ontem, 13

Darlan Gutieres
MPA Brasil | Canguçu (RS)

No município de Canguçu, na região sul do Rio Grande do Sul, o dia 13 de outubro foi marcado por atividades intensas pela luta por Soberania Alimentar. Durante a manhã foi realizado o Seminário da Soberania Alimentar: Por um Brasil Livre da Fome com a participação de diversas pessoas de vários movimentos sociais. Frei Sergio, dirigente nacional do MPA, conduziu os trabalhos com análise de conjuntura, apresentando elementos de reflexão sobre o tema da fome que bate na porta de milhares de famílias.

Na sequência foram abordados temas sobre o Programa Camponês Municipal, lei implementada no município de Canguçu, que tem como de um de seus objetivos produzir alimentos de qualidade e em quantidade num elo de relação entre camponeses e trabalhadores urbanos em especial aos mais necessitados.

A tarde foi marcada pela participação dos camponeses e trabalhadores na plenária da Câmara de Vereadores com o objetivo de reafirmar o dia de luta e reivindicar recursos através de emenda no Plano Plurianual, em análise na casa para implantação de um programa de aquisição de alimentos a nível local, infraestrutura e assistência técnica.
O dia também foi de sensibilização da comunidade para votar no plebiscito popular contra as privatizações no RS, com a instalação do comitê no município. A consulta será realizada de 16 a 23 de outubro. Foram realizadas doações de cestas recheadas com produtos da agricultura camponesa para os trabalhadores urbanos que se encontram em dificuldade socioeconômica. As doações fazem parte da campanha nacional Mutirão Contra a Fome.

Além de Canguçu, ações de solidariedade também aconteceram em Porto Alegre. A Feira Camponesa do MPA, que ocorre toda quarta-feira na sede do Sindipetro, na capital gaúcha, fez uma doação da produção de camponeses e camponesas de várias regiões do estado para a Cozinha Solidária do MTST da Azenha. A doação aconteceu no mesmo dia em que a Cozinha sofreu reintegração de posse e precisou se retirar do espaço que estava abandonado e que serviu mais 3 mil refeições durante os 18 dias de ocupação.