26 de novembro de 2020
Organizaões e movimentos sociais ligados ao campo estão redobrando esforços de mobilização em suas bases, frente ao momento de grave estiagem que mais uma vez se abate sobre o sul do país. Além de debater os efeitos da estiagem e as saídas possíveis tanto no que se refere às perdas já consolidadas, quanto às previsões climáticas que alertam para potenciais impactos ainda mais graves a partir do fenômeno La Niña na Safra 2020/2021, as organizações e movimentos reforçaram a pressão junto às instâncias de governo. Ainda sem soluções para os problemas decorrentes da severa estiagem que impactou a Safra 2019/2020, com perdas em vários cultivos, especialmente, nas lavouras de grãos, produtores – principalmente familiares e camponeses – estão novamente sofrendo com os efeitos da nova intempérie quecoloca em risco a safra atual, bem como a subsistência das famílias que vivem no campo e a seguridade alimentar até mesmo dos trabalhadores e trabalhadoras urbanos.
Através de documentos ocnjuntos emitidos, buscam o atendimento a uma pauta de reivindicações voltadas ao combate aos efeitos da estiagem, seguridade de pequenos agricultores e agricultores camponeses, bem como condições para que se possa seguir produzindo alimento para o povo. Dois documentos já foram apresentados ao Governador Eduardo Leite e ao Secretário Estadual da Agricultura, Covatti Filho, bem como à ministra da Agricultura, Teresa Cristina.
“A pouca umidade no solo afeta o plantio da safra de verão. Muitos agricultores que semearam, terão de refazer o plantio, pois as chuvas não aconteceram ou ficaram abaixo da média e as previsões são nada animadoras divido ao fenômeno La Niña. Mesmo que chova nos próximos dias, as plantas não vão mais se recuperar a ponto de produzir grãos ou servir de alimento aos animais”, expressa o documento.
“Soma-se a isto, a exponencial alta nos preços de alguns alimentos e insumos, dificultando o acesso aos mesmos. Soja e milho puxam a alta dos preços da ração e complementos. Com isso, muitos produtores não conseguem comprar alimento para os seus animais (gado, suínos e aves) e há falta de água devido a estiagem. Ou seja, há uma ausência de regulação nos preços, nos estoques de alimentos e insumos. Ausência de políticas estruturantes que permitam ao agricultor produzir ou se manter no campo e há uma estiagem avassaladora que faz o cenário piorar ainda mais no meio rural”, acrescenta o texto apresentado às duas instâncias de governo.
Pontos de pauta
No RS o documento foi apresentado reafirmando a urgência já expressa no início do ano, quando ainda se convivia com os efeitos da estiagem passada, destacando o agravamento das condições por conta a reincidência do fenômeno. Segundo os subscritores, a situação se agrava por conta da insuficiência das medidas adotadas até o momento.
Destacam no documento como pontos emergenciais: Água para consumo humano e animal; Alimentação animal; Mercado Institucional de alimentos; e Sistematização das perdas. Também destacam como pontos estruturantes: Crédito e produção; Cadeia produtiva do leite; Sistema de Inspeção Municipal (SIM); Plano Camponês; e formação de um Comitê Gestor local.
O documento é assinado conjuntamente pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF) e União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES). Confira A íntegra do documento AQUI.
Já no documento encaminhado ao governo federal, subscrito por organizações dos três estados do Sul (RS, SC e PR), destacam-se reivindicações consideradas urgentes, voltadas a pontos como: água para consumo humano e animal; alimentação animal; exportações, renegociação de contratos e estoques; crédito e renegociação de dívidas; cadeia produtiva do leite; readequação do zoneamento agrícola; retomada e implementação na íntegra do projeto de lei 735/20208 (PL Assis Carvalho); e criação de um comitê gestor interestadual.
Assinam conjuntamente o documento Cooperativas de Crédito com Interação Solidária (CRESOL), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF) e União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES). Confira a íntegra do documento AQUI.
Edição: Marcelo Ferreira
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