21 de janeiro de 2022
O amigo Marco A. Corbari me enviou a foto, era o terceiro ano do nosso campo de metagenômica em Seberi/RS, mas há outros mais velhos, já com 20 anos, no nordeste do Brasil, em homenagem ao Movimento dos Camponeses, MPA.
No mundo ocidental, é comum relacionar a Europa como centro dos avanços na ciência, cultura e saber, pelo que se diz que os estudos de sucessão ecológica ou vegetal começam com Buffon no meio do século XVIII, no entanto, podemos esperar que na Índia em tempos anteriores ao Rei Ashoka ou China nas dinastias anteriores isso já era conhecido de longos tempos.
O Brasil em sua imensidão possui somente seis biomas terrestres, sendo os mais conhecidos internacionalmente e mais velhos, a Amazônia e o Cerrado, a savana brasileira que prende 5% da diversidade vegetal no mundo.
No entanto, o Cerrado foi ignorado pelos constituintes de 1988 por determinação das agro-corporações do CIM (internacional) e não constou explicito na carta magna, pois desde 1975 o Cerrado pelas suas características de solo totalmente mecanizável e com baixo nível de fertilidade natural era o espaço e território ideal para os ideais da Revolução Verde, como foi no passado o Vale Yaqui, ou dos Tres Rios em Sonora, México e a ditadura militar preparou um programa chamado de Polo-Centro para a ocupação agrícola total da área. O Cerrado foi condenado à morte, quando Syngenta estampou em Uberlândia, o lema: O Portal do Cerrado; muito significativo.
O fechado hoje é o berço do agronegócio mundial e o próprio governo chinês tentou alugá-lo no governo de FHC, impedido pelas mesmas forças. A situação exacerbou nos últimos 20 anos com uma devastação mais acelerada do que em qualquer outro lugar do planeta, encoberta pelos governos anteriores em seus atos e objetivos ilegais e irregulares.
No governo atual passou a ter o apoio de políticas públicas de infraestrutura, com fogo e pressão sobre comunidades tradicionais, indígenas e outras com acusações de atitudes fascistas, genocídio e ecocídio.
Pelas suas características a sucessão ecológica ou vegetal no Cerrado periodicamente queima naturalmente os palhonais, por isso suas espécies arbóreas possuem uma crosta espessa de cortiça, o que faz o fogo ser o fator de distúrbio para as esperanças Cies anuais, mas não para as árvores, a não ser quando o fogo antropológico é implementado para facilitar a transformação da área, junto com cadeias de desmatamento em longas áreas.
Hoje é possível dizer que o fogo já é raro no Cerrado, pois está quase que totalmente coberto pelas commodities de milho e soja e o fator que provoca tumulto na sucessão ecológica ou vegetal no solo é o herbicida Glyphosate ®, pois não é mais solo ultrassocial, somente solo Liebigniano, suporte inerte das raízes, altamente valioso, pois a cada ano obriga o aumento das quantidades de fertilizantes químicos, fósforo e calcário de correção e glifosato/Glufosinato do Demônio. Em poucos anos não existirá na paisagem o Cerrado Natural, somente na memória. A ciência nacional ignorará por ser heterônoma e a importância da serule do solo do Cerrado Natural para a fixação dos gases do efeito estufa na regulação biótica do clima do Planeta, que vale até mil vezes mais do que todos o agronegócios por sua biodiversidade desconhecida.
O solo do Cerrado está em regressão acelerada com o desenvolvimento de musgos na época humida em resiliência ao processo de meteorização de rocha mãe, que é pura areia e poluição química.
O dramático é que a economia de água na região está em tal grau de perturbação, pois lá nasce gigantescas bacias hidrográficas Paraná, Paraguai, Prata, Araguaia Tocantins, mas isso é interpretado como optimo, pois vai concentrar mais ainda a propriedade e selecione os empresários, pois já é necessário irrigação artificial de alto investimento com pívot centrais. Então as áreas serão de centenas de milhares e até milhões de hectares. O problema em algumas áreas com pecuária extensiva é também grave, pelo baixo desfrute e até cinco anos, só viável economicamente pela dimensão das propriedades, visto como estratégico cabelo CIM.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |