6 de fevereiro de 2017
Militância, conjuntura e a aliança camponesa e operária foram pautas abordadas durante a visita do petroleiro.
Em meio as atividades preparatórias à terceira Festa da Semente Crioula e à formação de duas turmas de brigadistas de Juventude, o Movimento dos Pequenos Agricultores também recebeu a visita do representante da Federação única dos Petroleiros (FUP), José Genival da Silva, que veio ao sul conhecer as atividades e projetos desenvolvidos pelo movimento. Entre as pautas centrais da visita estavam as ações voltadas a produção de alimentos sem uso de agroquímicos, os mecanismos de acesso aos produtos do campesinato pela população urbana, as ações de resistência da agroecologia frente ao fortalecimento da agricultura convencional patrocinada pelo grande capital.
– Eu acho que isso que a aproximação dessa agenda entre o campo e a cidade, entre o campesinato e o operariado é um dos maiores acertos que pudemos encontrar em nossas lutas. Os movimentos sociais, em especial os movimentos ligados à via campesina, compreendem assim como nós que a produção do alimento, a energia, a própria questão da água e o petróleo, além de outros segmentos decisivos, são elementos da construção de nossa soberania -, destacou Silva.
Durante a passagem de três dias, Silva também conviveu com o grupo de 55 jovens que participavam em Seberi do segundo ciclo de formação de brigadistas da Juventude Camponesa do MPA. Relembrando passagens de sua própria juventude e como se deu a sua formação como militante sindicalista, Silva ressaltou o quanto o jovem é importante no enfrentamento das forças opressoras que tem se consolidado no momento atual do país:
– Quando a gente vê esses jovens comprometidos, dispostos a participara da militância camponesa, essa gente bonita com tanta vontade de lutar e de fazer as coisas diferentes do que estão aí, renova a energia e a esperança de que esse nosso país ainda tem jeito. Esse diálogo, essa visita aqui, acaba rejuvenescendo a nossa militância, renovando a certeza de que precisamos seguir acreditando na luta e lutando ainda por muito mais tempo.
A visita foi concluída com a participação do petroleiro na Festa da Semente, onde também pôde conferir uma das atividades mais simbólicas do movimento camponês, a preservação da semente crioula, qualificada como elementos primordial na construção da soberania de um povo. A aproximação dos camponeses com o movimento sindical faz parte das metas propostas pelo Plano Camponês, particularmente refletindo na necessária construção de uma aliança camponesa e operária por Soberania Alimentar.
Por Marcos Corbari – Jornalista | MPA
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