30 de dezembro de 2020
O ano de 2020 foi um ano desafiador para as camponesas e camponeses brasileiros. Por vários motivos: Volta do Brasil ao mapa da fome, governo Federal de costas para quem produz alimentos e só apoiando o agronegócio exportador, inflação dos alimentos, seca no sul e, além de tudo isto, uma pandemia com o vírus corona abalando famílias e a sociedade toda.
O MPA já estava em atitude política de resistência antes da Covid-19. Só reforçou esta atitude, buscando formas de se articular e s organizar nacionalmente através das novas ferramentas de comunicação virtual. O que não se parou, foi de produzir alimentos, com todos os cuidados para evitar a dispersão do vírus mortal entre o povo camponês.
A pandemia prejudicou, em parte, a comercialização de alimentos com o povo da cidade, o que foi retomado aos poucos, com o respeito aos protocolos necessários à preservação da saúde. Por outro lado, os laços de solidariedade foram reforçados através do projeto Mutirão Contra Fome, executado pelo MPA com parceiros urbanos, de norte a sul do país.
Todos os cenários previstos a respeito do desgoverno cruel e fascista que ocupa o poder executivo do país conseguiram ser piores do que se pudesse imaginar. Economia em frangalhos, fome dilacerando os lares pobres, preço dos alimentos nas alturas, camponeses sem apoio para produzir alimentos, desemprego brutal rasgando a esperança de futuro da nossa juventude, natureza devastada com queimadas, desmatamentos e a perseguição ao povo negro cada vez mais escancarada e cruel, expondo a chaga do racismo estrutural.
Uma enorme demonstração de articulação e organização foi a elaboração e luta por um Projeto de Lei para apoiar a produção de alimentos. Transformou-se na Lei Assis Carvalho, mas o desgoverno vetou, demonstrando o que realmente é, inimigo dos pobres e que pouco se importa com a fome e a vida do povo. Mas esta luta continua, pela derrubada dos vetos.
A resistência continua. Luta pela vacina para retomar o caminho das ruas. Necessidade de formação política, reorganização das bases, comunicação de massa, encantamento da juventude com a luta por um mundo melhor. Tempos difíceis, tempos de luta. E a clareza de sempre: o caminho da esperança é o caminho da organização e da luta.
Pois, Quem Alimenta o Brasil, Exige Respeito.
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