8 de julho de 2024
Coletivo de Comunicação do MPA/RJ com a colaboração de Ricardo Knupp e Elis Bartonelli
O “Arraiá” do Raízes do Brasil, que aconteceu no último dia 29, foi regado a forró, comidas juninas e aconchego para comemorar os sete anos do espaço. Criado em 2017 como um lugar de resistência política, cultura e promoção da agroecologia camponesa, o Raízes do Brasil foi uma conquista do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) que contou com apoio da Federação Única dos Petroleiros.
“Quando o MPA decidiu construir esse espaço aqui no Rio de Janeiro, nós acreditávamos que era possível e necessário organizar o povo em meio às dificuldades que o golpe contra a presidenta Dilma Roussef e a eleição de Bolsonaro impôs à classe trabalhadora. Esse espaço é um símbolo da organização popular, construir um espaço de resistência que passou dos cinco anos e agora chega aos sete”, destacou Beto Palmeira, da Direção Nacional do MPA.
Hoje o Raízes colhe os frutos de parcerias e conexões que foram construídas ao longo desses anos. Para Beto, a consolidação do espaço só foi possível por conta das alianças feitas com movimentos sociais urbanos e sindicais, que contribuíram para a abertura e manutenção do espaço.
“Recebemos um leque de movimentos e organizações que passaram a ter no Raízes um ponto de apoio para formação, capacitação, hospedagens, encontros. E também conseguimos construir a relação com os consumidores, que compram na nossa feira, que recebem nossas cestas. Sem eles, nada disso seria possível”, comentou Beto.
O dia de festa contou com a presença de muitos desses parceiros. Rosa Atelice é professora e integrante do Núcleo Niterói do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEPE). Assim que conheceu o MPA, passou a comprar produtos do movimento para abastecer a sede do sindicato. Durante a pandemia, o SEPE organizou mutirões de alimentos para combater a fome de moradores de comunidades da cidade.
“Fizemos algumas cestas para ajudar entregadores de aplicativos e vendedores ambulantes, em parceria com o MPA. O SEPE comprava os produtos e entregava para eles. Acreditamos na proposta de soberania alimentar. Como diz o Beto, alimentação saudável é a luta zero. Não tem como ninguém viver sem o direito à alimentação. Comecei a frequentar o espaço, venho para as festas, para o café da manhã e peço a cesta semanalmente. Participar daqui durante esses sete anos é muito emocionante”, conta Rosa Atelice.
Roberto Carlos de Oliveira é coordenador nacional do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e também marcou presença no evento. Para ele, o Raízes do Brasil se tornou um ponto de referência e resistência para os movimentos populares.
“Aqui é um lugar de construção de uma nova cultura, uma nova moral. Para o MAB, também é muito importante, porque fazemos encontros, reuniões. Também viemos para tomar uma cerveja, escutar uma música, participar de lançamentos de livros. São sete anos de parceria e resistência no Rio de Janeiro”, celebra.
Náustria de Albuquerque, petroleira aposentada e militante das terapias integrativas complementares em saúde, é filha de agricultores cearenses. Sempre ligada às questões da terra, estabeleceu sua conexão com o MPA desde a abertura da casa:
“Chegar aqui me lembra muitos momentos que participei, como um bazar para arrecadar dinheiro para o acampamento Lula Livre, a eventos ligados a Cuba. É um espaço muito bacana, onde as pessoas podem comprar produtos livres de agrotóxicos, que é a essência do MPA. A ligação com a saúde, com a qualidade de vida”.
Outra função importante do Raízes do Brasil é a de ser um espaço de formação que capacite militantes que depois contribuam com a construção da articulação entre a cidade e os pequenos agricultores em outros lugares. O espaço do Rio de Janeiro foi o primeiro, e agora Bahia, Piauí e Sergipe já têm seus próprios Raízes. Em breve, Santa Catarina também deve ganhar uma sede.
Bruno Gustavo é do Rio Grande do Sul e veio para o Rio participar da capacitação, ainda no início da construção do Raízes do Brasil. Sete anos depois, ele agora vai voltar para o seu estado com a bagagem acumulada.
“Participei de muitas tarefas aqui, aprendendo a construir propostas de relacionar quem consome com quem fornece os alimentos. Organizei feiras, busquei a produção, atuei em frentes internas e eventos externos. Agora, vou atuar em uma cooperativa que faz parte do movimento, a mesma onde conheci o MPA anos atrás”, – comemora.
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