13 de junho de 2024

Reunião colocou em debate propostas e valores que devem integrar o plano de investimento do Governo Federal na Agricultura Familiar e Camponesa

Paulo Miranda
MPA Brasil

O plano será lançado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 25. Porém, nesta sexta-feira (14), o Grupo de Trabalho do Plano Safra criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) fará sua última reunião com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para encerrar seus trabalhos e finalizar o plano.

Na reunião de hoje (12), na sede do Ministério, o coordenador nacional do MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores, Anderson Amaro, defendeu a destinação de mais recursos para a agricultura familiar e disse que o plano somente será o mais agroecológico da história se instituir taxa zero de juros para os alimentos da cesta básica, especialmente arroz, feijão e mandioca. “E se retirar os incentivos para a monocultura do trigo, soja e milho, tão defendida pelo MPA e também pela Via Campesina”, disse.

A reunião foi mista, presencial e virtual, e contou com a participação de lideranças de outras instituições da agricultura familiar e do governo, e de outros dois membros do MPA, Camila Borges e Daniel Souza.

Anderson defendeu também mais facilidade no acesso às linhas de crédito para custeio da produção, equipamentos e máquinas; mais assistência técnica e fomento especial para os jovens e mulheres.

Para o MPA nada impede o governo de lançar um plano safra agroecológico, feminista, voltado para a juventude e comunidades tradicionais, e protetor e defensor dos biomas e da biodiversidade, e capaz de fomentar não somente os créditos, mas a vida de quem trabalha para produzir alimentos saudáveis, sem veneno e sem poluição do planeta. “Basta ter vontade política, retirando recursos do agronegócio e injetando na agroecologia”, ressalta Anderson.