23 de maio de 2022

Evento aconteceu no último sábado, 21, e mostrou a diversidade da produção da banana

Coletivo de Comunicação MPA RJ
Qade – UFRJ

No último sábado, dia 21 de maio, a população moradora do Quilombo Santa Justina e Santa Izabel realizaram o 1º Festival da Banana. A comunidade que fica localizada no município de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, pode contar com o apoio do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) para a realização do evento.

Ao longo de todo o dia diversas atividades foram desenvolvidas como: roda de conversa sobre a história do Quilombo, apresentação circense com a Palhaçaria do projeto “Circo vai Circolar”, Ciranda Caiçara, bingo, entre outras atividades culturais.

A atração principal foi a diversidade de produtos derivados da banana: geleias, doces, bolinhos, banana passa, cachaça artesanal, entre outros produtos coloniais. Ainda foi servido um delicioso almoço com arroz, peixe, pirão e salada. Estiveram no local cerca de 200 pessoas do município e da região, bem como da capital, parceiros, familiares, instituições públicas municipais e universidades também participaram.

O MPA contribui com a realização do Festival e esteve presente com um grupo de militantes e colaboradores do movimento. Para Humberto Ribeiro o festival serve para “mostrar a diversidade de produção de banana, da valorização das diferentes variedades da banana, uma vez que Mangaratiba quer dizer terra da banana e claro, é um momento de apresentar a história do quilombo, assim como seu processo de luta em defesa do território contra a especulação imobiliária com muita dança, jongo, capoeira e comida boa”, apresentou.

Depois de anos de luta, o Quilombo Santa Justina e Santa Izabel foi reconhecido pelo Instituto Federal de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em 2016. Mas muitos desafios ainda permanecem: o território ainda não possui energia elétrica, por exemplo. Por se localizar em uma região com “atrações turísticas” também sofre com a especulação imobiliária.

Apesar desta situação, os moradores não esmorecem e seguem defendendo seu território e sua cultura.