5 de maio de 2024

Movimento da Via Campesina no Piauí se reúnem com participação de Zé Dirceu

MPA Piauí

O militante do Partido dos Trabalhadores Zé Dirceu, ex-ministro e ex-deputado Federal, se reuniu, neste sábado, 4 de maio, com a Coordenação da Via Campesina no Piauí, composta pelo MPA, MST, MAB, MIQCB, QUILOMBOLAS, INDIGENAS, COLETIVO DE POVOS E COMUNIDADES TRADIONAIS DO CERRADO E CPT.

Com o tema ‘QUEREMOS SER PARTE E NÃO PLATEIA’ as organizações apresentaram uma série de preocupações e desafios para o enfrentam a fome e as catástrofes climáticas diante do modelo do agrominerohidronegocio, da estrangeirização das terras no cerrado piauiense, do envenenamento dos alimentos e do lençol freático, da destruição das nascentes e expulsão das comunidades.

Como resposta para tudo isso, investir na Agroecologia com ações de bioinsumos, ATER, tecnologias, máquinas e equipamentos e infraestruturas é a condição para avançarmos na produção de alimentos, inclusive com a participação da juventude que não ficará no campo dando soco no toco.

A comercialização através do PAA foi um dos pontos centrais e, segundo Zé Dirceu, o governo precisa investir 5 bilhões nesse Programa. E desbancarizar o crédito, pois o PRONAF não responde mais as necessidades dos camponeses e camponesas.

A educação, com escolas de campo integral deve cumprir um papel central, mas precisa vir com uma massificação das creches pois, muitas mulheres precisam de uma rede de cuidados para deixar os filhos menores e, que, geralmente são cuidados pelos maiores, portanto, se por um lado é importante manter os filhos maiores na escola de tempo integral, ao mesmo tempo impede as mães de seguir trabalhando, por não terem com quem deixar as crianças, que aliás, é responsabilidade do Estado.

Foram feiras várias críticas ao distanciamento do partido com os movimentos sociais, “estamos vendo o PT virar um partido de aluguel em alguns municípios e priorizar lideranças eleitorais que representam apenas projetos pessoais”. Além disso, foi colocado como tem sido difícil a relação com os governos de Estado. ” Não podemos conceber que seja mais fácil sentar com o Lula do que com um governador do PT, chamar para todo evento não é participar, é apenas ser plateia, no final das contas o agronegócio, as energias eólicas, a mineração recebem os grandes investimentos, pois só sobrevivem se o Estado subsidiar e nós ficamos dando soco no toco”.