30 de janeiro de 2024
O presidente da França, Emmanuel Macron, procurou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para convencer o bloco a encerrar as negociações de um acordo com o Mercosul. O governo francês está sendo pressionado por agricultores – que bloquearam os principais acessos a Paris.
Os agricultores franceses levaram centenas de tratores para as rodovias que ligam o interior do país à capital. Em algumas pistas, colocaram fardos de feno. Até o início da noite, havia bloqueios totais ou parciais em pelo menos oito estradas. O governo mobilizou mais de 15 mil policiais.
Há quase duas semanas, os agricultores protestam contra o aumento do preço dos combustíveis, os impostos no setor agrícola e o que chamam de crescente competição com o mercado externo.
Entre as principais críticas, estão as tratativas do acordo comercial da União Europeia com o Mercosul. Os dois blocos tentam finalizar as negociações, que se arrastam há mais de 20 anos. Os produtores franceses afirmam que haveria uma “concorrência desleal” devido à entrada de mercadorias de países como o Brasil.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro Gabriel Attal já declararam ser contra o acordo.
A União Europeia quer a aplicação de sanções em países que não cumprirem algumas metas ambientais – gesto que é visto por diplomatas brasileiros como uma espécie protecionismo europeu disfarçado. Já o Brasil quer limitar a participação de empresas europeias em concorrências para compras do governo.
Nesta segunda-feira (29), um conselheiro do governo francês declarou que, depois de uma conversa com o presidente Macron, a Comissão Europeia entendeu que seria impossível fechar um acordo entre os dois blocos, dado o contexto de França, Alemanha, Polônia e Países Baixos. E que, no entendimento da França, a comissão teria instruído o fim das negociações em andamento no Brasil. Essa informação foi publicada pela agência Reuters e confirmada pela TV Globo com o governo francês.
O Jornal Nacional procurou a Comissão Europeia e, em resposta, o porta-voz Oloff Gill declarou que as negociações entre os dois blocos continuam, mas “que algumas questões importantes permanecem abertas”. Ele afirma:
“O foco da União Europeia continua em assegurar que o acordo cumpra os objetivos de sustentabilidade do bloco, respeitando as sensibilidades do setor agrícola da União Europeia”.
Diplomatas brasileiros envolvidos na construção do acordo também confirmam que as tratativas estão de pé e que, na semana passada, houve um encontro entre os negociadores dos dois blocos com poucos avanços. Nos bastidores do Itamaraty, as últimas declarações do Palácio do Eliseu são vistas como uma tentativa de acalmar os protestos internos.
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