2 de outubro de 2019
Por Luz Angela Rojas e Mateus Quevedo
A defesa do meio-ambiente foi tema da última edição do Café pela Democracia
Neste domingo, 29 de setembro, no Rio de Janeiro com a companhia da chuva, nada melhor que um café da manhã no já conhecido espaço ‘Raízes do Brasil’, onde o Movimento dos Pequenos Agricultores, o MPA, tem sua proposta de alimentação saudável, da articulação do campo com a cidade e também de debates políticos. Foi assim que se desenvolveu desde as 10h da manhã o Café pela Democracia em parceria com a Coordenação de Serviços Ecumênicos, a CESE, e a Associação Nacional de Agricultura Camponesa, a ANAC, para refletir sobre a destruição da Amazônia e a questão ambiental do governo Bolsonaro. As debatedoras participantes foram Larissa Packer e Leticia Rangel e contou com a moderação do Marciano da Silva.
“O Café pela Democracia é uma iniciativa que surgiu depois do golpe de Estado sofrido no Brasil e tem como objetivo de analisar temas da conjuntura politica do Brasil para o fortalecimento da democracia, mobilização e organização popular” como nos explica Humberto Palmeira, liderança do MPA. Nesta conjuntura falar da Amazônia é indispensável, para compreender os incêndios florestais dos últimos meses e como isto faz parte de uma política de fortalecimento do agrominerohidronegocio desenvolvida por o governo do Bolsonaro.
O encontro começou com a fala de Larissa Packer, que enfatizou a importância de se reconhecer os atores que têm interesse na Amazônia, como empresas nacionais e transacionais, e que se beneficiam ainda mais com a desinformação e invisibilidade do debate sobre o desmatamento na floresta amazônica. Ela salientou o papel que cumpre a indústria pecuária e madeireira. Posteriormente ela colocou a necessidade de propor um tratamento global dos biomas, já que a maioria dos olhos tem atenção na Amazônia desconhecendo a importância vital que tem o Cerrado e o Pantanal que também estão sendo destruídos com o avanço das fronteiras agrícolas.
Em continuação, Leticia Rangel aprofundou o debate sobre o projeto agropecuário, que historicamente vem facilitando o desmatamento das florestas desde os anos 90. Na atualidade, o governo de Bolsonaro tem diferentes estratégias para a aceleração do processo de destruição da Amazônia, por exemplo, a criação de politicas pró agronegocio e mineração, aprovação de leis como aquelas que fortalecem a grilagem, o apoio a projetos de corredores logísticos que atravessam as florestas e com o fechamento de instituições de conservação. Além disso, ela analisa como a Amazônia tem que ser compreendida como uma floresta habitada, onde as comunidades têm sabedoria e formas de conservação que às vezes não são reconhecidas, sendo necessário debater uma politica de conservação e uso sustentável, junto com a soberania e segurança alimentar que se pergunte para quem e por que falar da soberania dos povos.
Patrícia Filgeiras, que comia seu café camponês enquanto escutava a apresentação, falou como este debate é muito pertinente no momento atual, e ajuda a compreender a importância da Amazônia, da terra e o papel da soberania alimentar. Finalmente os participantes presentes, tanto na casa ‘Raízes do Brasil’ quanto os internautas que acompanhavam o debate por meio da transmissão via Facebook e Instagram, participaram com diferentes reflexões e com perguntas que davam ênfases na criação de alternativas ao agronegócio, à articulação dos movimentos, e ações individuas e coletivas. Sendo um acordo comum entre as palestrantes e participantes a necessidade de articulação das diferentes organizações a nível nacional, também reconhecer a parceria que já existe na defensa da Amazônia, como as proposta transamazônica e não esquecer ações de fato como o boicote e a mobilização.
Como resume Pauliani: “este encontro foi um espaço de respiro para a gente em meio de tanta coisa acontecendo contra a democracia, contra nossa verdadeira soberania. Ter um espaço com uma discussão deste nível com essas pessoas capacitadas, que apontam as causas e possíveis soluções junto como palavras de esperança”, concluiu.
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