7 de junho de 2016
Declaração de Vincent Delobel, membro da Via Campesina, durante a terceira sessão do Grupo de Trabalho Intergovernamental sobre a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Camponeses e outras pessoas que trabalham no campo.É uma honra e um prazer estar aqui entre vocês e ter a oportunidade de falar em nome dos jovens camponeses europeus e transmitir nossa mensagem. Atualmente me dedico a criar cabras agroecológicas na Bélgica: minhas cabras se alimentam do que cultivo e transformo seu leite em queijo.
Hoje, a agricultura é o nosso trabalho e a criação de gado em pequena escola é extremamente ameaçada. Agricultores mais novo de até 40 anos compõe só 10% do total dos camponeses. Na verdade, muitos camaradas perdem dinheiro com a sua profissão, sua margem de lucro e sua capacidade de negociar são nulos. Muitos de nós estão presos em uma corrida para o desenvolvimento que é muito arriscado a partir de um ponto de vista financeiro, o que também nos obriga a realizar o nosso trabalho, para tratar a nosso Território e nossos animais de tal forma não nos identificamos.
Todos os anos, somos mais os que repensamos sobre essa ameaça que pode significa o nosso fim, que reformulam os nossos métodos de cultivo e criação de gado, que reorganizam nossos sistemas de produção para uma maior autonomia. Queremos ser nós mesmos os que criamos a diversidade de alimentos que consomem nossos animais, os que valorizam os alimentos que consomem, que realizamos nossos fertilizantes mais eficientes, desenvolvemos sementes adaptadas a essas práticas… E dizer, buscamos uma maior autonomia na tomada de decisões, de escolher os métodos de cultivo e criação de animais mais consistente com os nossos valores, a nossa filosofia e nossas experiências com esses seres vivos. Assim mesmo, cada vez mais somos os que reorganizam os nossos modos de transformação com os métodos tradicionais que garantem a continuação do ciclo de reciprocidade entre a saúde humana e do solo. Buscamos também organizar novas redes de distribuição que são verdadeiramente equitativas para garantir uma remuneração adequada para o nosso trabalho e nosso conhecimento.
Como vem acontecendo há séculos, os camponeses cultivam a arte antiga de buscar a vida. Continuamos alimentando nossos compatriotas em todos os tipos de contextos. Nosso problema hoje é que esta identidade está em desacordo de vez em quando as normas em vigor, que são dos padrões das empresas, especialmente no caso da indústria de alimentos.
Em concreto, como muitos colegas, fazer queijo de leite de cabra certificando-se de preservar a flora que este contém. Uma e outra vez, temos de lutar para ser reconhecida esta forma de transformação com o “leite cru” que as empresas não podem levar a cabo.
Por outro lado, podemos desenvolver e multiplicar conjuntos heterogêneos de sementes resistentes que conseguem crescer em condições adversas. A legislação restringe fortemente a circulação deste tipo de grão dos camponeses, de modo que a cada passo que damos nos aproximamos mais da ilegalidade.
A declaração sobre os direitos dos camponeses vai nos apoiar na criação de um quadro jurídico para esta reapropriação da agricultura e desta forma, do desenvolvimento rural voluntário e perseverante nas mãos dos camponeses na Europa e em todo o mundo. Para nós, esta declaração é uma fonte indispensável de legitimidade para esta invenção e estes desenvolvimentos. Na verdade, reconhece de maneira coerente tanto a nossa existência e nossa especificidade; nossos valores ancestrais e nosso papel na segurança alimentar das nossas comunidades e do desenvolvimento económico do campo; a importância do nosso próprio destino tem de enfrentar desafios globais como as alterações climáticas, a segurança internacional e, finalmente, a própria existência da humanidade no nosso planeta.
Por Via Campesina
Tradução: Comunicação MPA
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