9 de agosto de 2020

E agora vejam:
cadê o povo? O verde e as águas virão de novo?
uma terra sem males, lutaremos sem cessar/
Sem ódio, sem poluentes,
nova terra, nova gente, novo céu e novo mar.
(Zé Aparecido – Música Esperança dos povos)

DOM PEDRO CASALDÁLIGA faz sua passagem em tempos que precisamos de mais homens e mulheres como ele. Precisa ir. Mais que ele, é necessário que a espiritualidade vivida por ele siga em cada pessoa, em cada uma de nós.

Que as lutas a que se somou, para garantir vida digna ao povo brasileiro, especialmente povos indígenas e quilombolas, camponesas e camponeses sem terra, em suas poesias, e nas boas memórias das homilias e Romarias, continuem por nós sendo feitas, para seguir com a missão de  esperançar, esperançar, esperançar no humano humanizado, no fim da propriedade privada, das cercas, do autoritarismo, do trabalho escravo, do colonialismo, do imperialismo,  do capitalismo; Em defesa da soberania dos povos, das democracias, em defesa da Reforma Agrária, do direito aos territórios, só assim construímos a tão sonhada terra sem males.

Nós camponeses e camponesas plantamos mais uma boa semente, que como um jequitibá nos abençoará a cada dia com sua práxis, nos dando frutos e mais sementes.

Nos disse “Por meu Povo em Luta. Vivo. Com meu Povo em Marcha. Vou. Tenho fé de guerrilheiro e amor de revolução.”

Seguimos nos inspirando em sua história, ele com certeza mexeu nas estruturas da igreja, assim como temos que mexer, chacoalhar, destruir as estruturas da sociedade capitalista e construir de forma sólida   com amor de Revolução a sociedade Socialista, Nova vida, de “bem viver”.

Eu morrerei de pé como as árvores.
Me matarão de pé.
O sol, como testemunha maior, porá seu lacre
sobre meu corpo duplamente ungido.

E os rios e o mar
serão caminho
de todos meus desejos,
enquanto a selva amada sacudirá, de júbilo, suas cúpulas.

Eu direi as minhas palavras:
– Não mentia ao gritar-vos.
Deus dirá a meus amigos:
– Certifico
que viveu com vocês esperando este dia.

De golpe, com a morte,
minha vida se fará verdade.
Por fim terei amado.

Dom Pedro Casaldáliga Presente! Presente! Presente!

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