6 de março de 2024
MPA Brasil
Durante o período golpista de Temer e o governo de extrema-direita de Bolsonaro, a parceria estratégica entre a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Movimentos dos Pequenos Agricultores (MPA) foi acentuada na defesa da Petrobras e da democracia. Sabemos que o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff teve como um dos objetivos o desmonte da Petrobras, a principal empresa do país em receita e mais estratégica para a garantia da soberania nacional.
A FUP, sob a coordenação-geral de Deyvid Bacelar, protagonizou a última grande greve da classe trabalhadora no Brasil, em pleno governo Bolsonaro. Ainda nos lembramos de Deyvid, José Genivaldo da Silva, Tadeu Porto, Cibele Vieira e Ademir Jacinto, conhecido como Mãozinha, na resistência, ocupando uma sala de reunião do edifício sede da empresa (Edise), na Avenida Chile, no Rio de Janeiro.
Estavam lá em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras, a Fafen, de Araucária, no Paraná. A fábrica tinha entrado na lista de desinvestimentos da empresa. Estavam na resistência para garantir soberania ao povo brasileiro.
Durante a pandemia, a Fafen, se estivesse em pleno funcionamento, teria capacidade de produzir 30 mil metros cúbicos de oxigênio. Imaginem quantas vidas poderiam ter sido salvas. Quando a guerra entre a Otan e a Rússia começou na Ucrânia, a então ministra da agricultura bolsonarista, Tereza Cristina, pediu para que os fertilizantes oriundos da região em guerra fossem considerados alimentos – que em caso de conflitos bélicos, tem seu transporte privilegiado -, para que o agronegócio brasileiro não perdesse sua capacidade produtiva, uma vez que é super dependente de nitrogenados importados. Da mesma forma, se a Fafen estivesse em funcionamento estaria sendo produzido 5 mil toneladas de fertilizantes, diminuindo a dependência para importação e os preços que impactam no preço dos alimentos.
Desde este período temos gritado: ‘Defender a Petrobrás, é defender o Brasil’. E, temos certeza, que foi a partir desta insígnia que Deyvid tem defendido a reestatização da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, a segunda maior do país. A Rlam foi privatizada em 2021 pelo governo Bolsonaro. Vendida por US$1,8 bilhão, ao fundo privado árabe Mubadala Capital, e desde então controlada pela empresa Acelan. A refinaria foi vendida por menos da metade do que vale. Em janeiro deste ano, a Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou um relatório que concluiu que a refinaria teria sido vendida abaixo do valor de mercado.
Os trabalhadores da Refinaria Mataripe, como passou a ser chamada a Rlam depois que a Acelan assumiu seu controle, estão em greve neste momento, uma resposta à política de demissão em massa de empregados próprios e terceirizados implementada pela empresa. Desde que assumiu a presidência da Petrobras, Jean Paul Prates tem feito um esforço para que a Rlam seja reestatizada. Prates chegou a anunciar em uma viagem a Abu Dhabi, que está construindo uma parceria com o fundo Mubdala para a estatal retomar a operação da refinaria. Segundo a FUP, isto tem ajudado a acelerar as demissões.
A grande questão é que Bacelar se tornou um alvo da cota bolsonarista que ainda está no quadro do alto escalão da empresa. Nos somamos à FUP no pedido de que a Petrobrás precisa apurar quem do alto escalão vazou informação de processo sigiloso e com qual objetivo!
Defender Deyvid Bacelar é defender a democracia!
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