2 de agosto de 2025

No encontro da ATALC em Bogotá, Anderson Amaro defende os direitos dos camponeses e das camponesas previstos na Declaração da ONU

O dia 1º de agosto de 2025, em Bogotá, na Colômbia, foi dedicado ao encontro de parlamentares regionais e colombianos com organizações e movimentos da Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo. O evento é uma agenda da ATALC – a rede Amigos da Terra América Latina e Caribe e foi realizado na sala da Primeira Comissão da Câmara de Representantes do Congresso da República da Colômbia.

O coordenador nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e coordenador Latino-Americano de Organizações Rurais (CLOC Via Campesina), Anderson Amaro, esteve presente. Ele condenou o ataque de Israel à Unidade de Multiplicação de Sementes do Banco de Sementes da União dos Comitês de Trabalho Agrícola (UAWC), localizado na cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia, na Palestina.

Além disso, Anderson defendeu ações mais efetivas para obrigar os países membros a obedecerem a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Camponeses e de Outras Pessoas que Trabalham em Áreas Rurais (UNDROP).

O tratado internacional que reconhece direitos específicos para camponeses e outras pessoas que trabalham no campo. A declaração busca garantir o reconhecimento da personalidade jurídica desses indivíduos, facilitar sua livre circulação e promover o acesso à terra, água e outros recursos naturais. Além disso, a UNDROP visa proteger os direitos culturais, sociais e econômicos dos camponeses, incluindo o direito à alimentação adequada, à saúde e à educação.

Para Anderson Amaro, sem a conquista do modo de vida camponês e a proteção ao conhecimento camponês, bem como o acesso à terra, à água e às sementes, não será possível avançar diante dos ataques das transnacionais contra a vida e à soberania alimentar.

O encontro da ATALC teve por objetivos definir o papel que os parlamentos podem desempenhar nas negociações do Tratado Vinculante; analisar as diretrizes do papel estratégico dos parlamentares na promoção de leis sobre direitos humanos e empresas transnacionais; fortalecer o diálogo interparlamentar regional para construir posições conjuntas diante de negociações e processos regionais como CELAC e CELAC Social; além de qualificar o vínculo entre parlamentares e organizações sociais para uma ação conjunta.

A CELAC – Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos é um bloco regional que reúne os 33 países da América Latina e do Caribe, com o objetivo de promover a integração política, econômica e social da região. Já a CELAC Social, por sua vez, é uma instância que busca garantir a participação da sociedade civil, incluindo organizações não governamentais, movimentos sociais e sindicatos, nas decisões e políticas do bloco, visando uma integração mais inclusiva e participativa.

O encontro de Bogotá, contou com as presenças de parlamentares da Colômbia; de Giuliana Alderete – Terra Nativa/Amigos da Terra Argentina; de Iván González – Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas (TUCA)/Jornada Continental pela Democracia contra o Neoliberalismo; de Karina Sosa – deputada pelo Parlamento de El Salvador e Centro-Americano (PARLACEN), e de Federico Fagioli – deputado argentino, ambos membros da Rede Interparlamentar Global (GIN).

Estiveram presentes também de Fernando Gambera – presidente da Comissão de Assuntos e Relações Internacionais da Frente Ampla do Uruguai; de Comps Cordova, Membro do Parlamento do Equador; de Ana María Vásquez – CESTA/AT El Salvador; de Karin Nansen – REDES/AT Uruguai; de Danilo Urrea – ATALC; de Donal Moncayo – UDAPT/AT Equador; de Viviana Tacha – SIEMBRA.