18 de outubro de 2024

No dia 17 de outubro, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) participou da “Audiência Pública dos Atingidos da Seca” organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em Porto Velho (RO), para discutir as graves consequências da seca que afeta 1.500 famílias no Baixo Madeira. O evento, realizado na Comunidade de Nova Aliança, reuniu cerca de 350 pessoas de 17 comunidades atingidas pela seca.

Está em curso desde meados de 2024, um processo de trabalho junto as comunidades para tratar das demandas. No início de agosto deste ano, foi apresentado ao Governo Federal uma Pauta Conjunta dos Movimentos da Região Amazônica, deste processo já desencadearam pequenas conquistas, como anúncio da MP que autoriza o Seguro Defeso Emergencial para Pescadores, há um compromisso de cestas básicas, aquisição de filtros e a campanha “Salve a Amazônia” protagonizada pelo MAB para aquisição de água e alimentos.

Durante as audiências as comunidades trouxerem, quase que em eco, as demandas por escolas com condições e qualidade, acesso e mais postos de saúde, água potável, demanda do escoamento e a comercialização das produções destas comunidades ribeirinhas, mais a de pequenos agricultores.

Durante sua fala, Leila Denise do MPA, que falou em nome da Via Campesina, destacou a importância da luta que o MAB tem protagonizado em Porto Velho/ RO, junta as comunidades. Relatou que todos e todas estão na luta pelas mesmas situações e necessidades, afirmou que o MPA e a Via campesina estão juntos na construção de uma pauta com alternativas para questões emergenciais, como é o caso das Cozinhas Solidárias no Rio Grande do Sul, que possuem propostas pra mitigar e combater a crise ambiental e climática.

Além da representação das comunidades, estiveram presentes representantes da Via Campesina de Rondônia, entre eles o MPA, do poder público participam da audiência a Secretária Municipal Distrital de Porto Velho (SMD), a Fiocruz, Ministério da Pesca, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Secretária Estadual de Assistência Social, Universidade Federal de Rondônia – UNIR, CENSIPAM, Incra, Superintendência Federal de Agricultura (SFA-RO/MAPA), Defesa Civil Municipal e a Defensoria Pública do Estado de Rondônia – DPE.

“Este espaço de debate é fundamental para que possamos unir forças na luta por soluções e políticas que garantam o direito à água e à vida digna no campo, nas águas e florestas, como direito que é”, afirmou a militante e dirigente Leila Denise.