12 de fevereiro de 2025
O Seminário Bioeconomia das Plantas Medicinais na Agricultura Familiar da Frente Parlamentar de Economia Popular e Solidária da Câmara dos Deputados, realizado na manhã desta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, lotou o Plenário 2 da Casa, com vários parlamentares e representantes de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária, da Fiocruz e dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar.
O seminário tratou de temas relevantes para que se possa criar no Brasil uma forte cadeia de plantas medicinais da agricultura familiar, priorizando investimento do governo federal na produção, processamento e comercialização, incluindo a aquisição pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Os assuntos mais pertinentes ao setor foram tratados dento dos subtemas: Programa Intersetorial de Bioeconomia de Plantas Medicinais na Agricultura Familiar; inclusão e organização produtiva de plantas medicinais na agricultura familiar; processamento de plantas medicinais e agricultura familiar; comercialização de produtos de plantas medicinais na agricultura familiar; e as plantas medicinais e o Sistema Único de Saúde (SUS).
O seminário foi coordenado pelos deputados federais Carlos Veras (PT-PE) e Fernando Mineiro (PT-RN), que foi indicado para presidir a Frente em substituição a Veras recém eleito Primeiro-Secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
Carlos Veras é agricultor. Ao abrir o seminário ele disse veio a tomar o seu primeiro remédio de farmácia, aos 18 anos. “Se não fossem as plantas medicinais muitos de nós não estaríamos aqui vivos para contar a história”, ressaltou, elogiando as plantas medicinais como frutos dessa sabedoria popular que nossas famílias, nossos antepassados nos legaram.
Em rápida saudação ao seminário, o coordenador nacional do MPA, Anderson Amaro, parabenizou a Frente e a Contag pela realização do Seminário e disse que o Movimento dos Pequenos Agricultores se soma à luta pela valorização das plantas medicinais e pela implementação verdadeira da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, em vigor desde 2006, que tem por objetivo garantir à população brasileira o acesso seguro às plantas medicinais, o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional.
No seminário, a Contag fez o segundo lançamento de uma cartilha intitulada “Plantas Medicinais & Fitoterápicos na Agricultura Familiar, com tiragem de 50 páginas e 5 mil exemplares. Para a secretária Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, compartilha foi elaborada com o objetivo de contribuir com o fortalecimento dos saberes tradicionais dos agricultores e agricultoras familiares, indígenas, povos e comunidades tradicionais. É um importante instrumento para qualificar ainda mais a promoção das plantas medicinais e fitoterápicos e sua importância para a promoção da saúde das pessoas e geração de renda para os agricultores e agricultoras familiares”.
Em discurso no seminário, a secretária de Política Agrícola da CONTAG, Vânia Marques Pinto, avalia que “este seminário é um importante momento de valorizar os saberes da nossa ancestralidade e debater o nosso Programa Intersetorial de Bioeconomia de Plantas na Agricultura Familiar, com vistas a construção de legislação e parcerias para a implementação de ações e garantia de renda para a agricultura familiar”.
O assessor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Victor Doneida, falou sobre a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), que promove ações consideradas fundamentais para a melhoria do acesso da população a plantas medicinais e fitoterápicos. Segundo ele, esta política do Ministério da Saúde selecionou 1.304 municípios brasileiros para receberem recursos financeiros para o desenvolvimento de ações com plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Wagner Martins, Coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz do Distrito Federal, falou do Programa Intersetorial de Bioeconomia das Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Agricultura Familiar, que envolve várias áreas da instituição, cujo objetivo é qualificar agricultores e agricultoras familiares, lideranças e assessorias técnicas para atuar na cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos. Segundo ele, o Brasil não precisa importar medicamentos fitoterápicos, pois possui 20% da biodiversidade mundial e mal explora 5% das espécies. O mercado global de fitoterápicos cresce rapidamente, atingindo 216 bilhões de dólares, disse, criticando as várias barreiras que a agricultura familiar brasileira enfrenta para criar o seu mercado.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |