30 de julho de 2024

As lideranças do campo têm um mês para mapear as cidades brasileiras que podem fazer parte da programa de produção de arroz.

Texto e fotos: Paulo Miranda

Arroz da Gente – Isabel Ramalho, Anderson Amaro e Leomárcio Araújo, membros da coordenação nacional do MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores participaram ontem (29) da primeira oficina para estruturação do programa Arroz da Gente que prevê a ampliação da produção de ARROZ da Agricultura Familiar, Camponesa, de Povos Indígenas e Povos e Comunidades Tradicionais.

O programa Arroz da Gente foi anunciado em 3 de julho, no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar. A oficina foi organizada pela Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, com a presença de representantes de outros ministérios e de empresas públicas e de lideranças de vários outros movimentos do campo.

As ações do ARROZ DA GENTE se darão a partir de 200 municípios e aproximadamente 10 mil famílias produtoras, com a agroecologia e as tecnologias adaptadas orientando suas ações. Considerando que os sistemas de produção desses povos e comunidades são diversos e cumprem uma função ecológica importante, o feijão, a mandioca e o milho estarão integrados à estratégia, contribuindo para a criação de um sistema de informações sobre a produção de alimentos básicos pela agricultura familiar.

Na opinião de Isabel Ramalho, representante do MPA de Rondônia, a inciativa é um esforço importante que poderá dar passos no processo do combate à fome, pois, na sua essência, traz a importância de dar suporte para as famílias camponesas, responsáveis pela produção de alimentos.

“O conjunto de ações previstas que trata desde a assistência técnica até a comercialização com o consumidor mostra o reconhecimento do governo da capacidade dos movimentos sociais. O Arroz da Gente é suporte para avançar no processo da transição agroecológica e na construção da soberania alimentar”, diz Isabel.

Anderson Amaro concorda com Isabel e acrescenta que agora foi dada a largada para a implantação de um Sistema Camponês de Produção no país, priorizando os estados do Centro Norte e o Nordeste. No mais, diz, permite a plantação consorciada de alimentos saudáveis, a partir dos territórios para todo o país, uma característica da Agricultura Camponesa.

A oficina foi realizada na sede da Conab e ficou definido prazo deu mês para mapeamento das cidades brasileiras que já produzem arroz e de cidades que podem ser indicadas para participar do programa Arroz da Gente.

Participantes e convidados Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – MDA, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome – MDS, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, Secretaria Nacional da Agricultura Familiar -SAF, Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SESAN, Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e soberania Alimentar – SEAB, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico – BNDES, Banco do Nordeste – BNB, Banco do Brasil – BB, Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste – Consórcio Nordeste, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, Articulação Nacional de Agroecologia – ANA Amazônia, Articulação do Semiárido – ASA, Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado Piauiense, União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária – UNICAFES, União Nacional das Organizações

Cooperativistas Solidárias – UNICOPAS, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST.