10 de outubro de 2021

Com o lema ‘Paulo Freire e o papel do campesinato: Soberania Alimentar, Educação e Trabalho’, o seminário acontecerá na próxima quarta-feira, 13 de outubro, às 14hs

Coletivo de Educação
MPA Brasil | Salvador (BA)

“Então o camponês descobre que sendo capaz de transformar a terra, ele é capaz de transformar a cultura, renasce não mais como objeto dela, mas como Sujeito da história.” Paulo Freire

Os camponeses e camponesas do Movimento dos Pequenos Agricultores celebrarão o Centenário de Paulo Freire durante a Jornada de lutas ‘Soberania Alimentar Por um Brasil Livre da Fome’, onde reunirão a militância do movimento, educadores/as, estudantes, parceiros das organizações do campo e da cidade para refletir sobre o legado deste importante educador durante o Seminário ‘Paulo Freire e o papel do campesinato: Soberania Alimentar, Educação e Trabalho’ no dia 13 de outubro, próxima quarta-feira, às 14 horas via plataforma virtual.

O método desenvolvido por Paulo Freire tem um significado pedagógico libertador. Pressupõe que o educando será alfabetizado para ler o mundo e não somente a ler e escrever a palavra. O processo de alfabetização se dará por uma visão crítica e transformadora, onde o sujeito é o principal sujeito da transformação e da história. Ele afirmava a educação como um ato político.

Celebrar o legado de Freire num contexto como este que estamos vivendo no país é para afirmar a necessidade do povo de organizar, lutar para manter-se vivo, é manter a chama da esperança acesa nos corações, mentes e nas ações, é reafirmar o compromisso dos trabalhadores e das trabalhadoras, em especial, do campesinato para seguir firmes na luta pela superação deste modelo de sociedade excludente, injusto e desigual.

A jornada de luta deste ano tem como objetivo denunciar a política genocida do governo Bolsonaro, denunciar o agravamento da crise econômica e social, que aprofunda as desigualdades sociais que historicamente assolam a vida do povo do campo e da cidade, além de denunciar a atuação do capital e do agronegócio que seguem se apropriando da natureza, dos territórios e dos corpos dos povos. Também é tempo de anunciar a agricultura camponesa como a única capaz de garantir soberania alimentar neste país e acabar com a fome.

O seminário contará com a participação do educador Carlos Rodrigues Brandão (educador, psicólogo, mestre em Antropologia Social e doutor em Ciências Sociais), do educador chileno Rogélio Correa (educador social, Ameríndia Continental de Chile, Centro Ecumênico de Medellín – CEDM e da Coalicion Ecumênica por el Cuidado de la Creación – CECC , Alianza Interreligiosa  y Espiritual por el Clima – AIEC) e de Rafaela Alves (Direção Nacional do MPA, camponesa e educadora popular).

Pelo direito das(os) camponesas(es) em produzir e o direito do povo se alimentar!
Fora Bolsonaro!