24 de agosto de 2022

As caravanas irão atuar entre os dias 5 e 7 de setembro nos estados onde o MPA está organizado

Coletivo de Comunicação

Entre os dias 5 e 7 de setembro o Movimento dos Pequenos Agricultores atuará com caravanas por Soberania Alimentar e Abastecimento Popular em Defesa da Democracia nos diversos estados onde está organizado. Caminhadas, ações de solidariedade e de agitação e propaganda e debates sobre o Programa Camponês acontecerão com o objetivo de fortalecer a aliança entre trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.

Esta é mais uma ação para fortalecer o debate político eleitoral em torno da agricultura camponesa e a importância de apontar uma transição massiva para produção agroecológica e com a perspectiva de que o alimento chegue na mesa de todos os brasileiros e brasileiras de forma justa, sem depender das grandes corporações que controlam a distribuição de alimentos.

“São 33,1 milhões de brasileiros e brasileiras com fome e o agronegócio destrói nosso solo, nossas águas e nossa agrobiodiversidade, tudo em nome do lucro que é bilionário e vai para o bolso de poucos”, denuncia Saiane Santos, da direção nacional do MPA. Saiane também lembra que as privatizações da Petrobras e da Eletrobras também mexem no bolso do povo da roça e da cidade. “É preciso defender estas empresas, elas são cruciais para que a gente conquiste a soberania alimentar e o modelo de abastecimento popular”, acrescenta. 

Brigadas de agitação e propaganda já estão em atuação

Além das caravanas que devem levar estas denúncias e anúncios, o MPA também tem organizado brigadas de juventude em diversos estados para denunciar as atrocidades cometidas por Bolsonaro contra a agricultura  camponesa. “A fome  e  a  carestia  são  problemas  que afetam toda a sociedade, esta conjuntura que vivemos é um produto da humanidade e podemos mudá-la, por isso, propomos a construção da soberania, da diversidade, da  vida em abundância e isso é possível”, quem apresenta é Daniel Souza, do coletivo de juventude. 

As brigadas de juventude já estão em atuação em diversos estados e são uma construção comum entre movimentos populares de todo o país. As brigadas de agitação e propaganda têm realizado trabalho de animação para levar o debate político eleitoral para brasileiros e brasileiras dos bairros e periferias. O MPA tem ajudado na construção nos estados do Piauí, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro.

“Lula melhor representa o projeto de mudança que precisamos para o nosso país, o futuro, não só da juventude camponesa, está em risco, precisamos derrotar o projeto de fome, morte e de desmatamento que está aí”, apresenta a jovem Dandara Borges, atuante na brigada Mestre Moa em Salvador, na Bahia. 

Construção da aliança entre o campo e a cidade

Em um momento de forte polarização política, o MPA tem organizado diversas ações de solidariedade para levar a produção camponesa para famílias que estão em situação de vulnerabilidade social. Mesmo com o desmonte das políticas públicas voltadas à agricultura  camponesa, o MPA, por meio da campanha Mutirão Contra a Fome, levou aproximadamente 5 mil toneladas de alimentos.

As caravanas devem unir o trabalho que o Mutirão Contra a Fome tem feito junto com os métodos de agitação e propaganda realizados pelas brigadas de juventude. “Nosso objetivo com estas ações é de garantir uma aliança mais poderosa com as organizações que estão na cidade, principalmente com as periferiais”, aponta Saiane.

A ideia, segundo a dirigente, vem de encontro com a necessidade de manter o povo organizado para garantir que as demandas apresentadas pelo povo sejam atendidas. “Estamos nos esforçando para garantir que Lula seja eleito junto com parlamentares, governadores que defendem a agricultura camponesa, não será fácil, e depois, quando eleitos, teremos que garantir força social para que as demandas do povo sejam prioridade”, finaliza.