23 de abril de 2024
Ana Flávia Luck
MPA Brasil
O Movimento dos Pequenos Agricultores, o MPA, no Espírito Santo, tem feito um esforço para aprofundar o conhecimento e as práticas agroecológicas para camponeses e camponesas do estado. Durante o último fim de semana, o Coletivo de Soberania Alimentar do movimento realizou diversos cursos sobre Bioinsumos.
A atividade contou com a participação de camponesas e camponeses e estudantes do curso técnico em agropecuária com a contribuição do Engenheiro agrônomo Adellan Alcântara. O curso abordou temas como conservação do solo, sistemas agroflorestais e a fabricação de bioinsumos, destacando a agroecologia como uma “alternativa de vida”, nas palavras de Adellan.
Diante da constante modernização da agricultura, observa-se a popularização do “pacotão tecnológico”, que inclui a utilização de agrotóxicos, fertilizantes sintéticos, sementes transgênicas, sistemas de irrigação pivotante e práticas de monocultivo. Essas tecnologias, amplamente promovidas por campanhas de marketing, seduzem os camponeses com a promessa de aumentar significativamente a produtividade de suas lavouras. Este fenômeno contribuiu para o crescimento desenfreado do agronegócio no Brasil, posicionando o país como o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.
Neste contexto, os camponeses frequentemente são marginalizados e rotulados como “atrasados” por optarem por métodos de cultivo sem agrotóxicos, adotando práticas de manejo agroecológico e diversificando a produção em suas pequenas propriedades. Esses camponeses e camponesas focam na sustentabilidade alimentar familiar e na comercialização do excedente por meio de feiras locais e programas governamentais de incentivo à agricultura familiar, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a Compra Direta de Alimentos (CDA), que visam valorizar e promover a produção de alimentos saudáveis.
Considerando essas questões, o MPA defende a agroecologia como um modelo sustentável de agricultura, mas para além disso, um modo de viver, enfatizando a produção de alimentos saudáveis e a valorização do campesinato.
“Precisamos readaptar a nossa forma de ver o mundo, preservando o meio ambiente, preservamos nossa vida que é nosso bem maior. O campesinato capixaba está com uma oportunidade grandiosa com a biotecnologia dos bioinsumos, para avançar na produção com custos baixos e sem utilizar agrotóxicos. A agroecologia não é só uma forma de produzir, mas sim uma forma de viver.”
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