15 de abril de 2021

Com a ação será possível seguir no trabalho de resgate de sementes de espécies nativas, algumas das quais quase extintas

Eulália Santos
MPA Brasil | Ponto Novo (BA)

O Movimento dos Pequenos Agricultores e a Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa (CPC) da Bahia deram um importante passo na implantação de Sistemas Agrícolas Resilientes em alguns de seus territórios de atuação. No último dia 09, foi realizada a implantação do Sistema Agrícola Resiliente na comunidade de Quixaba, Caldeirão Grande e no dia 13 de abril de 2021 foi a implantação na comunidade de Micaela, município de Caém.

A ação vem para fortalecer o trabalho das/os guardiãs/ões de sementes crioulas através da criação de campos para multiplicar sementes em alguns municípios do semiárido baiano. Ambos investimentos envolvem os denominados “Territórios Rurais”, áreas de atuação do Pró-semiárido que envolve média de 4 comunidades cada, neste caso, os territórios beneficiados foram o Unidos para Vencer de Caldeirão Grande e o Pe. Luiz Tonetto de Caém.

Com isso, será possível seguir no trabalho de resgate de sementes de espécies nativas, algumas das quais quase extintas. Esse campo possibilitará aumentar a quantidade e diversidade destas que depois serão disponibilizadas para multiplicação. O projeto pretende também incentivar a criação de uma Rede de Sementes Crioulas, aumentando assim a conexão entre camponesas e camponeses e possibilitando a troca de sementes e de saberes que fortaleça o território e fomente a Soberania Alimentar.

A ação de hoje foi possibilitada por meio de convênio nº 66/19 celebrado entre Governo do Estado da Bahia, através da CAR, e a CPC, tendo como parceria a Embrapa e entidades de ATC que atuam no Pró-semiárido.

“Sementes Crioulas: patrimônio dos Povos a serviço da humanidade” (Via Campesina)