19 de maio de 2020
Mais de 150 famílias da comunidade Nova Esperança organizadas no Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), no município de Ulianópolis, do Estado do Pará foram surpreendidas pela segunda vez em 20 dias com ameaças de fazendeiros da região. No último dia 15/05, sem ordem judicial, arbitrariamente chegaram na área onde vivem e produzem as famílias, com tratores, para destruir as moradias, com apoio de policiais militares e civis lotados no Município de Ulianópolis. Alegaram ser uma ação de reintegração de posse, no entanto, desprovida de mantado judicial. Nesta ação derrubaram casas de madeira e soterraram o poço da comunidade.
Esta não é a primeira vez que as famílias estão sendo ameaçadas e com suas vidas postas em risco como resultado da prepotência de fazendeiros. A primeira investida aconteceu no dia 25 de abril, com apoio da Polícia Militar.
A terra pertence a quem trabalha e precisa dela para viver. Esta é a situação destas famílias sem terra e sem teto. Entendendo que ter terra e casa é um direito, denunciamos a morosidade do Estado do Pará em resolver as situações de conflitos de terra e repudiamos a ação do fazendeiro que está colocando em risco a vidas destas famílias.
Há uma Ação de Reintegração de Posse que tramita na Vara Agrária de Marabá-PA, de autoria do Sr. Camilo Uliana. Mas o fato é que o ITERPA – Instituto de Terras do Pará já se manifestou nos autos do processo informando que o Título de Propriedade, apresentado pelo Sr. Camilo, se encontra à 67 quilômetros de distância da área ocupada pela família, o que evidencia indícios de grilagem de terra. Contudo, as famílias trabalham e moram no local, resistindo e lutando para conquistar um pedaço de terra.
Os fatos foram denunciados para a Secretária de Estado de Segurança Pública e Defesa Social – SEGUP, corregedoria da Polícia Militar e também da Polícia Civil, Ministério Público e Ouvidoria de Segurança Pública do Estado do Pará com provas feitas em vídeos e fotos pelos camponeses na área. Exigimos que as pessoas envolvidas nesta ação sejam identificadas e punidas o mais breve possível e que a impunidade não assole por mais tempo nosso solo paraense deixando que mais sangue de trabalhadores seja derramado!
Depois deste fato, as famílias continuam no local, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde – OMS para evitar contágios ou disseminação do coronavírus.
BASTA DE VIOLÊNCIA NO CAMPO, EXIGIMOS RESPEITO!
MPA – PARÁ
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