5 de agosto de 2025

Mais de 200 camponeses de Picos, no Piauí, participam da marcha por moradia do MPA e ocupam a sede da Caixa Econômica Federal

No dia 5 de agosto de 2025, o Movimento dos Pequenos Agricultores do Piauí (MPA-PI) realizou a Jornada de Luta por Moradia e Justiça Climática, mobilizando camponeses, camponesas e juventudes do campo em uma importante ação na cidade de Picos.
Logo cedo a atividade se concentrou no Entrocamento do Bairro Bomba e saiu em marcha pela Avenida Getúlio Vargas, e teve como ponto central a ocupação da agência da Caixa Econômica Federal, onde o movimento reivindicou uma audiência com o gerente da instituição para tratar das urgências do direito à moradia digna para as famílias do campo.

Durante a mobilização, Sônia Costa, da direção estadual do MPA, destacou que “sem casa não há dignidade, e a luta camponesa precisa garantir teto, terra e pão para o povo”, reforçando a centralidade da moradia nas pautas do movimento.

Liria Aquino, Dirigente Estadual do movimento, afirmou que a organização popular e a soberania dos territórios são caminhos fundamentais para enfrentar as desigualdades e os impactos das mudanças climáticas: “Não haverá justiça climática sem soberania popular. Nossas comunidades se organizam para defender a vida e o futuro da juventude camponesa”, disse.

Francisca Silva, da coordenação nacional do MPA, ressaltou a necessidade de políticas públicas robustas, como a implementação do IOF Social pelo governo Lula e a pauta da taxação dos super ricos. Ressalta também a soberania do Brasil em relações às atitudes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A juventude também teve voz ativa na jornada. Vívian, jovem camponesa do coletivo de juventude do MPA, destacou: “Nossa juventude está na linha de frente porque queremos viver com dignidade no campo. Moradia, educação, terra e água são direitos, e não favores”. Já Gabriel reafirmou o papel da juventude como força organizativa: “Estamos aqui para mostrar que a juventude camponesa está consciente, organizada e pronta para lutar. Moradia e justiça climática são parte da mesma batalha”.

A jornada se encerrou com o compromisso de continuidade da mobilização e a reafirmação das bandeiras do movimento: terra, teto, trabalho e justiça climática. O MPA segue organizado, pressionando o Estado por políticas públicas que atendam as reais necessidades do povo do campo, com protagonismo das mulheres e juventudes camponesas.