7 de fevereiro de 2024

Juventude do MPA Capixaba realizou encontro para capacitação em comunicação popular e relações de gênero no campo

Ana Flávia Luck
MPA Capixaba | Vila Valério (ES)

Aproximadamente 40 jovens se reuniram na Comunidade da Pipoca em Água Doce do Norte, no Espírito Santo, nos dias 27 e 28 de janeiro de 2024. O tema do encontro foi “Construindo Comunicadores e Representatividades de Gênero na Cultura Camponesa”.

Foram dias de muito conhecimento e trocas de experiencias, Mateus M. Quevedo, do coletivo nacional de comunicação do MPA contribuiu com a análise de conjuntura e partilhou seus conhecimentos na área da comunicação popular, com metodologia criativa e dinâmica os jovens conseguiram absorver muito, e avançaram nos trabalhos de grupos.

“Trabalhos alguns conceitos da conjuntura política e econômica e de como as mudanças na geopolítica podem afetar nossos territórios, há uma corrida por tecnologia porque para o sistema financeiro sobreviver eles precisam apresentar resultados e isto tem se dado através da oferta de serviços digitais, a IA., sequestro de dados pessoais, enfim e precisamos estar atentos porque o lastro dessa oferta vem das ofensivas aos nossos territórios, seja por meio do avanço da mineração, como do agronegócio, das corporações como um todo”, aponta Quevedo.

Durante o encontro e a partir da formação especifica os jovens produziram materiais de multimidia como fotos, vídeos e áudios, no objetivo de fazer edição de vídeos retratando a realidade da juventude camponesa, como agroecologia, fechamento das escolas do campo, feminismo camponês popular, expressões culturais entre outros.

Para Kauã Tolentino Conte o encontro foi “essa atividade contribuiu muito para a formação de nós, jovens militantes. Conhecer e aprender a utilizar as ferramentas audiovisuais é muito importante para termos comunicadores capazes de produzir conteúdo com qualidade e dar visibilidade as atividades, trabalhos e temáticas que nosso movimento organiza, enfrenta  ou participa,  enquanto debate os estigmas e faz análise de conjuntura da nossa atuação na mídia capitalista como comunicadores camponeses” e isso reafirma que a organização dos jovens se faz necessária para que ocupem todos os espaços, e acessem universidades, políticas públicas e produzam alimentos saudáveis e de qualidade.