13 de agosto de 2019
Organizado pelo MPA e governo do estado da Bahia, camponeses/as baianos realizaram intercambio no Espirito Santo para conhecer as práticas agroecológicas, das técnicas do beneficiamento da produção, o processo da comercialização camponesa. A comitiva, que contou com a participação da representante do governo pelo projeto Pró-Semiárido, camponeses/as da região norte, recôncavo e sudoeste da Bahia, estudantes, técnicos agrícolas e agrônomos e militantes do MPA dos dois estados: Bahia e Espírito Santo, visitaram no período de 06 a 08 de agosto , experiências produtivas de várias famílias para conhecer a técnica de bio insumo e da produção de alimentos, o mercado popular de alimento, a agroindústria de cachaça entre outros. A escolha desta visita está relacionada ao avanço em algumas técnicas que o MPA vem desenvolvendo na pratica e teoricamente sobre a agricultura camponesa.
Segundo Anderson Amaro, um dos organizadores do evento, este intercâmbio entre Bahia e Espírito Santo faz parte de um processo que o MPA na Bahia vem dando na construção de um planejamento sustentável para agricultura camponesa no estado a partir do Programa Camponês. Faz parte de uma série de atividades que o MPA baiano vem realizando em virtude da construção desse projeto, a primeira etapa foi o intercâmbio para conhecer as experiências no Rio Grande do Sul e agora, fizeram mais essa etapa muito importante no Espírito Santo. A partir dessa vivência os camponeses (as), “pudemos conhecer várias experiências de transição das práticas tradicionais para agroecologia de forma massiva, ou seja, o Programa Bem Viver que os companheiros vem desenvolvendo tem demonstrando a cada dia que é possível sim construir uma agricultura sustentável sem veneno, agroecológica e isso só é possível quando se tem na frente um projeto de vida e o plano camponês é esse plano de vida contrário ao projeto de morte que é o agronegócio, pelo grande capital. Então, esses dias pudemos conhecer desde dos sistemas de produção até o grande gargalo para agricultura camponesa que é a comercialização, conhecemos várias estratégias de comercialização: as feiras agroecológicas, as barracas camponesas, o mercado popular de alimentos, pudemos conhecer com o é difícil mais como é animado fazer o processo de transição”, satisfeito argumenta.
Amaro ainda destaca a importância de conhecer as ações que os camponeses (as) do MPA vêm desenvolvendo em outro estado, “Pelos relatos dos camponeses da região conseguiram barrar a pulverização aérea no município de Valério. Pudemos conhecer como faz o bio insumo que é parte de uma cesta tecnológica que faz enfretamento ao pacote de veneno do agronegócio, uma prova que dá conta de fertilizar o solo, assim como, de harmonizar a natureza e produzir com respeito ao meio ambiente. Por fim dizer, aonde for possível temos soluções para fazer o processo de transição agroecológica.
Ao participar da comitiva, a representante do Governo do Estado da Bahia pelo projeto do Pró-Semiárido, Daiane afirma que “O intercâmbio foi de uma grande riqueza na troca de experiências, fazendo com que pudéssemos vivenciar o modo e métodos de trabalho da região, adequado a realidade de cada família visitada”, assim avalia. Dando continuidade falar da importância dessa atividade, “O intercâmbio chama a atenção desde os mais experientes ao mais novos na agricultura familiar, tendo como destaque o fortalecimento do espírito do trabalho em grupo. A possibilidade de aplicar tudo o que foi visto é fundamental, as pessoas acreditam naquilo que está dando resultado, vendo na prática. O uso do Bio Insumos vem ainda mais fortalecer o trabalho da agricultura familiar, na produção de alimentos saudáveis e garantia da segurança alimentar dos camponeses”, afirma.
Os camponeses/as do MPA no Espírito Santo destacou aspectos importante que significou essa troca de saberes ao receber o intercambio e pontou que estão com encaminhamentos que foram gerados a partir da visita da comitiva, Dorizete Cosme MPA-ES explica em detalhes e declara que ainda não tinham feito um intercâmbio com essa qualidade, “dois aspectos principais quero destacar deste intercâmbio, primeiro, possibilitou a partilha do conhecimento cientifico e pratico que ambos os estados estão desenvolvendo pelo MPA, seja das práticas agroecológicas, a gente pode apresentar a produção do bio insumos e os resultados que estamos obtendo com essas práticas. Percebemos durante a atividade, a necessidade de realizar ações na área da comercialização, como na comercialização institucional, avançar nas parcerias poderes públicos em todas esferas, avançar no mercado privado, melhorar na comercialização é fundamental para dinamizar a produção e contribui com a melhoria da renda das famílias camponesas”, avalia.
Por comunicação MPA
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