16 de junho de 2016

A forte mobilização de uma ampla coalizão de grupos da sociedade, incluindo sindicatos e movimentos populares, conseguiram impedir temporariamente que a União Europeia (EU) renovar a autorização do Glifosato, o herbicida mais utilizado no mundo e o ingrediente ativo do Roundup da Monsanto. Milhares de pessoas responderam o chamado feito a partir de março para enviar mensagens para a Comissão Europeia e as suas agências, solicitando que esta proteja os trabalhadores, a saúde pública e para o ambiente e para negar o uso continuado dessa ameaça tóxica na agricultura e espaços públicos.Já são três vezes que a Comissão não consegue a aprovação da Comissão Técnica por meio do qual o procedimento deve ser adotado: a prova da força da oposição popular. Mas, o voto de reautorização pode ser dado em um processo do comité de recurso em 24 de junho, e pela Comissão ainda pode agir unilateralmente. (Clique aqui para mais informações)
A Comissão e os governos nacionais estão a manobrar entre a pressão do lobby do agroquímico e uma insurgência popular que não se vai sessar. O Presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, sugeriu que cada Estado membro possa optar por proibir ou restringir o uso de glifosato, sabendo que poderia deixá-los vulneráveis a possíveis demandas da indústria. Alegadamente, França, Alemanha e Itália pediram para Juncker aprovar a reautorização, enquanto a abstenção na votação do Comité de Recursos, passando a responsabilidade para esta medida impopular para a Comissão, mantendo a credibilidade com a opinião pública em seus países.
A luta ainda não acabou. A UITA continuará a trabalhando para conseguir a proibição global do Glifosato, para reduzir e eliminar substâncias químicas tóxicas na produção de alimentos que colocam os trabalhadores agrícolas na linha de frente da exposição aos perigos que ameaçam o meio ambiente e a saúde humana geralmente por meio da contaminação mais generalizada.
 
Por IUF UITA IUL
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