22 de junho de 2016
A Educação no e do Campo tem sido a mais eficiente das estratégias de transformação social, cultural e humana, imagine como seria sem ela, imagine como seria com este patrimônio ameaçado. Esse foi tom e o tema que norteou o Seminário Educação no Campo, realizado no último dia 17 de junho, em Ibiraçu município do Espirito Santo. Objetivo do evento foi de refletir o contexto da Educação do Campo e propor ações de fortalecimento frente ao projeto de mercantilização da educação.Realizado pela Regional das Associações dos Centros Familiares de Formação em Alternância do Espírito Santo – RACEFFAES o evento contou com a presença de integrantes do MPA, MST, Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (MEPES), Centro Educacional de Formação Família Agrícola (CEFFA’s) Norte e Sul, FETAES, STR, PJR, CONTAG, FONPES, Associação de Produção de Tecnologias Alternativas (APTA), Comitês de Educação do Campo municipais, MACRO CENTRO, Licenciatura em Educação do Campo UFES e UFV, Centro Educacional Integrado de Educação Rural (CEIER) de Nova Venécia – Vila Pavão – Boa Esperança, Fórum EJA, Quilombolas, Secretaria de Estado de Educação (SEDU), Superintendências, Secretarias Municipais de Educação, Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Espírito Santo (SINDIUPS), e, Assessoria do Deputado Federal Elder Salamão.
O debate teve início já com a mítica, onde fora abordado os obstáculos que a Educação do Campo teve e está tendo nos dias atuais, e como está com a intervenção dos Movimentos Sociais trazendo alternativas, com muitas lutas e resistência.
“Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender”, com a frase de Paulo Freire, Maria do Socorro Silva, responsável por conduziu o tema: “O direito a Educação do Campo: Desafios e Perspectivas”, inicia os debates do Seminário. Ela explica um pouco o modelo taylorista e fordista, os modos conservadores, o avanço da agricultura moderna, as apostas na produtividade e tecnologia, bem como, o fortalecimento do Agronegócio.
Diante do momento histórico que o Brasil tem passado, a painelista fala sobre o golpe que está sendo dado na Democracia e no povo brasileiro, sob a justificativa do Estado estar em crise. “Na verdade, é um reordenamento, onde a elite está assumindo os cargos, que sempre assumi no alto do comando”, afirma Maria do Socorro.
Maria ainda debate sobre o neoliberalismo nos governos Collor e FHC, e as estratégias utilizadas: o consentimento, o neoconservadorismo e a repressão. “A Educação entra em pauta dos Movimentos Sociais no final do governo FHC, quando em momento de crise, os movimentos sociais abraçam essa causa, dando início as lutas, enfrentamento e resistência”, regata ela.
Entre os desafios deste período está o tensionamento em transformar a Educação como mercadoria, efetivar as Escolas Sem Partidos e Sem Autonomia, fechamento de escolas, substituição da gestão escolar, base comum curricular, formação de indivíduos isolados, centralização da pedagogia, parceria pública e privada, apropriação da concepção da prática e territorialização.
É importante destacar que enquanto Educação Campo devemos levar em consideração a formação humana, o princípio educativo do trabalho, lutas sociais e organizações sociais, cultura histórica da humanidade. E a base metodológica histórico dialética utilizando a pedagogia do oprimido, do socialismo, da alternância, do movimento e da contextualização.
As atividades da manhã dão-se por enceradas reafirmando que a Educação do Campo é Direito Nosso, e Dever do Estado e que “a Resistência perpassa pelos Movimentos Sociais que são como “pedagogos” da Educação do Campo, os quais tem na Educação muito mais que uma escola, e o fortalecimento da pauta unificada”, afirma Maria.
Pela parte da tarde os participantes formam divididos em grupos para discutir 2 perguntas: 1- Como sentimos os impactos da mercantilização da educação em nossa realidade?; e, 2- Que outras ações podemos propor e como encaminha-las? Após as atividades em grupo, os debates foram socializados com conjunto dos participantes.
O Seminário dá-se por encerado com a leitura do Manifesto de Ibiraçu, que foi elaborado a partir da pauta unificada, e que está sendo um dos instrumentos de luta. Pois como já dizia Ademar Bogo “É tempo de colher”.
Por Comunicação MPA
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