3 de junho de 2016
O primeiro dia do “Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em Diálogo com o Papa”, que ocorre até sábado (4) em Mariana, contou com discussões, atividades culturais, depoimentos e gritos de luta. Na quinta (2), cerca de 300 participantes foram recebidos com uma mesa de abertura que relembrou o rompimento da barragem, de responsabilidade da Samarco/Vale/BHP, em Bento Rodrigues, que destruiu o Rio Doce e afetou diretamente diversas comunidades.“Não há foto que explique esse crime. Nossa luta também é contra o esquecimento. Aqui não foi um evento, não foi um acidente, não foi uma tragédia, foi um crime de uma empresa que explora o nosso povo, a nossa terra e as nossas águas”, afirmou Beatriz Cerqueira, presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT).
Terra para quem nela trabalha
Um dos eixos temáticos do Encontro é a luta pela terra e a resistência dos movimentos camponeses. Rosângela Piovezani, participante do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), lembrou que 51% dos estabelecimentos rurais são, hoje, do agronegócio, enquanto apenas 11% pertencem à reforma agrária. “São os camponeses do país que mantém mais de 70% da produção de alimentos do Brasil e convivemos com uma ameaça real ao nosso território, além disso, somente 3% das unidades de pequena produção está no nome das mulheres”, reiterou.
Movimentos contra o golpe
João Pedro Stédile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) apontou para a tarefa principal dos movimentos populares na defesa da democracia, que é manter a unidade, fazer trabalho de base e organizar manifestações massivas contra o governo ilegítimo de Michel Temer.
No entanto, ele ressaltou o esgotamento do atual modelo econômico mundial, o que aponta para a necessidade de se criar um novo projeto de Brasil. “Esse capitalismo está em crise porque é dominado hoje por apenas 1% de milionários que são donos dos bancos e das grandes corporações, no Brasil isso representa apenas 76 mil pessoas milionárias”, explica Stédile.
Programação
Até sábado (4), o Encontro possui uma programação repleta de mesas de discussão, atividades culturais e apresentações artísticas. Outros eixos temáticos que serão abordados são trabalho, moradia e reforma política.
Por Fernanda Carvalho – Brasil de Fato
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |