10 de outubro de 2025

Em discurso na Pré-COP30 Sindical, Anderson defende articulação internacional e anti-imperialista e agricultura sustentável, com uma produção voltada para os povos

Juntamente com Iván González (CSA do Uruguai), Sebastian Ordoñes (Reino Unido) e Vera Paoloni (CUT Pará-Brasil), o coordenador nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Anderson Amaro, representando a CLOC -Via Campesina, participou da Mesa 6, que debateu o tema Cúpula dos Povos Rumo à COP 30, e Estratégias de articulação entre sindicatos, movimentos sociais e outras organizações da sociedade civil no marco da Cúpula dos Povos.

A mesa faz parte do encontro da Pre-COP 30 Sindical – Meio Ambiente só com Trabalho Decente, realizado no Royal Tulip, em Brasília, nos dias 9 e 10 de outubro, com a presença de lideranças de 22 países, demarcando a importância do protagonismo da classe trabalhadora nas questões do meio ambiente, da transição energética e da produção de alimentos saudáveis.

Anderson agradeceu a oportunidade de dialogar sobre temas cruciais na conjuntura atual. Ele representa o movimento de camponeses do Brasil, articulado em redes latino-americanas e mundiais, e destaca a importância de criar convergências entre diferentes setores, como o Movimento Mundial de Mulheres e outros.

O foco é a construção de uma jornada continental pela democracia, diz ao citar o Fórum Global Nyéléni, realizado recente em Sri Lanka, que visa construir convergências sobre conflitos sociais, indo além dos espaços autogestionados de eventos anteriores. O objetivo, segundo Anderson, é impulsionar sinergias em temas estratégicos para garantir que a cúpula seja um ponto de partida para ações futuras, começando por “demarcar a posição política”.

Em seu discurso, ele destaca a importância de discutir temas populares na COP30, focando na crise do capitalismo e seus impactos na natureza, além de apresentar propostas de luta e resistência. A articulação internacional e anti-imperialista é enfatizada. E também a importância da produção de alimentos, contrastando a agricultura destrutiva com a agricultura sustentável e a necessidade de uma produção voltada para os povos.

O líder do MAP chama a atenção para a necessidade de um acordo e compromisso coletivo para avançar em questões ambientais, buscando soluções que vão além da Amazônia, abrangendo também o Cerrado, o Semiárido e a Caatinga. Ele destaca a importância de discutir um modelo sustentável que beneficie toda a humanidade, unindo forças de diversos grupos para alcançar um impacto maior.