22 de agosto de 2018
Ao mesmo tempo em que se intensificaram as manifestações de apoio por parte de artistas e intelectuais junto ao grupo que está em greve de fome há 22 dias, as atividades políticas foram retomadas com intensidade nesta terça-feira, 21. Personalidade como Osmar Prado, Bete Mendes, Otto e Chico Cézar enviaram mensagens de apoio aos grevistas e de questionamento à Cármen Lúcia e demais ministros.
Na parte da manhã os grevistas receberam dezenas de vistas, inclusive uma delegação da Cáritas Brasil, que veio solidarizar-se com o gesto praticado por Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves (ambos do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA), Gegê Gonzaga (da Central dos Movimentos Populares – CMP), Jaime Amorim, Zonália Santos e Vilmar Pacífico (ambos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) e Leonardo Soares (do Levante Popular da Juventude). O momento de formação e informação do dia foi protagonizado pela jurista Camila Gomes, que esteve junto com os grevistas para comentar a resolução da Organização das Nações Unidas que reafirma o direito do presidente Lula em candidatar-se à presidência da república, a colocar-se em contato com seus eleitores e com a imprensa nacional.
Ainda durante a manhã, um grupo de ativistas ligados aos movimentos populares reuniu-se nas imediações do Conselho Nacional de Justiça (STF) onde Cármen Lúcia estava em audiência. Segundo Derlane Santos, da direção nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o objetivo foi reforçar a pressão para que a ministra receba os sete grevistas que estão há 22 dias em greve de fome e que paute as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC’s) que versam sobre a ilegalidade da prisão em segunda instância. Os grevistas não participaram desse ato, sendo representados pelos porta-vozes dos movimentos aos quais pertencem. “O STF deveria ser o símbolo de resguardo da Constituição, mas infelizmente hoje o indicativo é de que ele esteja sendo o responsável por rasgar a Constituição”, completou Santos, reforçando o chamado por mobilização popular, organização e luta em todos os setores da sociedade.
No final da tarde, aí sim com a participação dos sete grevistas de fome ligados aos movimentos sociais, novos atos foram realizados na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF. Primeiramente foi realizado um ato político, contando com a manifestações de lideranças de diversas organizações nacionais e internacionais, depois o tradicional ato inter-religioso, contando com religiosos e religiosas de diversas matrizes do sagrado. “Este é um tempo de guerra, um tempo sem sol, que exige muitas atitudes e ações muito enérgicas de posicionamento político na sociedade, expressou Kelly Monforte, dirigente do MST. “Os nossos bravos guerreiros grevistas de fome estão realizando um ato radical em nome de todo o povo brasileiro, porque também é radical a fome, a miséria, as consequências do desemprego, a enorme crise política que atravessa o nosso país”, completou a líder sem-terra.
Um momento simbólico de grande representatividade se deu durante o Ato Inter-Religioso, quando representantes da Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas (CMIR) e a Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina (AMIR) entregaram uma carta pública de apoio aos grevistas. “Alentamos y animamos a nuestras iglesias a sensibilizarse con las situaciones críticas denunciadas por usteds por la que atraviesan grandes mayorías en Brasil, a expresar su solidaridad y oración constante en la esperanza que nuestro buen Dios nosoriente en rumbo más humano, solidario y de justicia”, expressa o documento.
Entre um ato e outro uma das grevistas – Zonália Santos – passou mal, chegou a perder os sentidos e precisou receber atendimento médico. Encaminhada para atendimento hospitalar, foi liberada ainda na noite de terça, optando pela reintegração ao grupo. Movimentos sociais e populares realizaram atos em diversos pontos do país para prestar solidariedade aos grevistas e somar esforços na mobilização em defesa das pautas que apresentam. Em destaque ficou uma ação organizada em frente à casa da família do ministro Edson Fachin em Curitiba.
Por Comunicação a Greve de Fome
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