8 de setembro de 2022
Paula Monize
Cidade Verde | Picos (PI)
Na manhã desta terça-feira (06) o 28º Grito dos Excluídos e Excluídas percorreu ruas de Picos dencunciando a fome e falta de segurança no país. O ato reuniu cerca de 200 militantes e membros de pastorais da Igreja Católica.
A programação foi marcada pela concentração do público na Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus. Às 7h foi realizada Santa Missa e em seguida os militantes marcharam pela Avenida Getúlio Vargas com destino à Praça Félix Pacheco, centro da cidade.
O coordenador das Pastorais Sociais da Diocese de Picos, Pe. Marcos Roberto Vieira, explicou que a antecipação da marcha que tradiconalmente ocorreria no dia 07 de setembro é fruto de uma orientação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
“Se a gente vai para o Desfile do 7 de Setembro no finalzinho, atrás da cavalaria, ninguém nos ouve e não tem como apresentar a nossa pauta de reinvindicação. Também queríamos evitar o foco das manifestações políticas que poderão ocorrer durante o Desfile Cívico”, disse o Pe. Marcos Roberto Vieira.
Sobre as bandeiras levantadas no Grito dos Excluídos estão a fome que atinge mais de 30 milhões brasileiros.
“Estamos aqui para discutir os temas que são inerentes às questões sociais voltados para as políticas públicas de integração da vida. Aqui trazemos ma discussão super necessária , principalmente no que diz respeito à fome e segurança. De fato a necessidade que esses grupos excluídos da sociedade eles se levantem de forma pacífica e exijam dos administradores públicos, dos governos, que discutam políticas de integração”, destacou o Pe. Marcos Roberto Vieira.
O militante do MPA, Eduardo Ribeiro, foi uma das pessoas que participou da marcha. Ele destaca que a juventude do campo não é ouvida e carece de maiores incentivos.
“Estamos aqui no Grupo dos Excluídos levantando a bandeira do Movimento dos Pequenos Agricultores, estamos mostrando a força do campo, demonstrando que a juventude do campo precisa ser ouvida, escutada. Falta mais incentivos para a juventude, estamos esquecidos”, explicou Eduardo Ribeiro.
Participaram da marcha do Grito dos Excluídos e Excluídas movimentos sociais urbanos, rurais, Laicato Brasileiro (CNLB), Confederação Religiosos e Religiosas do Brasil (CRB), Pastoral da Juventude e Comissão para as Pastorais Sociais.
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