15 de junho de 2016

Ato em Defesa do Pré-Sal e da Petrobrás reuniu nesta terça-feira, 14 de junho, camponeses/as, petroleiros/as e atingidos/as por barragens, na frente do Congresso Nacional. A manifestação estava prevista para ser realizada no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, numa construção conjunta com a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás e os movimentos sociais, porém, os manifestantes não puderam acessar à Casa, pois a Presidência restringiu o acesso, devido à sessão da Comissão de Ética, realizada nesta terça-feira e que aprovou o relatório favorável à cassação de Eduardo Cunha.O Ato teve por objetivo denunciar o PL 4567/2016, que tira da Petrobrás a garantia de ser a operadora única do Pré-Sal e de ter participação mínima de 30% nos campos licitados. A proposta já foi aprovada no Senado por meio do PLS 131/2015, de autoria de José Serra, atual ministro interino de Relações Exteriores do governo Temer. O qual em 2010, quando disputava as eleições presidenciais, já havia prometido à Chevron e a outras multinacionais acabar com o Regime de Partilha do Pré-Sal. Caso o projeto passe pela Câmara, abre-se o caminho para retomar o modelo de concessão, como querem os golpistas.
O Ato foi chamado pela Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás e se fizeram presentes os petroleiros/as da FUP, FNP e Aepet, com participação de trabalhadores/as da educação (CNTE), dos movimentos sociais como o MPA, MAB e MCP, bem como, dos estudantes da UNE e UJS.

Anderson Amaro do MPA destaca a necessidade de unidade em torno da Aliança Camponesa e Operária, aliança do campo e da cidade. “Nós não temos dúvida que é necessário cada vez mais estarmos juntos para defender a Soberania do povo brasileiro, a Soberania da Petrobrás, a Soberania da nossa nação, pois só assim construiremos as soberanias necessárias, também a Soberania Alimentar, a Soberania Energética e Hídrica do nosso país e que, este governo temerário que está querendo entregar o nosso Pré-Sal e as nossas riquezas há muito tempo, porque não é de hoje, que eles estão tentando entregar essa riqueza e articular o Golpe”, destaca o dirigente do MPA.
Defender a Petrobrás e o Pré-Sal é tarefa de todos/as brasileiros, pois não podemos admitir a entrega de nossas riquezas. É a riqueza do povo brasileiro que está sendo entregue por um governo golpista e ilegítimo de Temer. O dirigente do MPA, denuncia ainda a retirada dos direitos, o desmonte da previdência, a extinção do PAA, a retirada dos direitos básicos conquistado pela CLT, a flexibilização das leis trabalhistas para colocar os trabalhadores na condição de escravos do capital internacional, efetivar o Golpe e implantar suas políticas neoliberais.

Por sua vez, o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Zé Maria, destaca que a Defesa da Petrobrás e do Pré-Sal não diz respeito apenas a nós trabalhadores da Petrobrás, mas a toda sociedade brasileira.
“É verdade que o projeto de lei do entreguista José Serra prejudica a Petrobrás, porque nenhuma empresa de petróleo no mundo vai querer abrir mão de bilhões e bilhões de barris de petróleo das suas reservas é verdade, mas é verdade que esse golpe, esse projeto de lei atenta muito mais ao povo brasileiro, porque pela primeira vez teria oportunidade de ter recursos oriundos de uma riqueza do nosso subsolo, para saúde e educação”, alerta Zé Maria.
Ele desmente ainda o fato da Petrobrás estar quebrada, argumento dos golpistas, “como pode uma empresa que tem o patrimônio 10 vezes superior à sua dívida, como pode estar quebrada uma empresa que vai ao mercado capitalizar 5 bilhões de dólares consegue capitalizar 6 bi e o mercado queria oferecer 15 bilhões de dólares, uma empresa como essa não está quebrada”.

Dizem que a Petrobrás passa por problemas financeiros e por tanto é a indústria privada é que tem capacidade de investir no setor de óleo e gás do nosso país, mas essa indústria privada em 20 anos não investiu para desenvolver nosso país, um centavo se quer, destaca o coordenador da FUP. Que ainda lamenta o fato da classe trabalhadora ainda não ter se dado conta do que vem por aí com, do Golpe que está sendo dado na Democracia e no povo brasileiro, as constantes retiradas de direitos e a entrega das riquezas naturais.
Ainda como parte do ato, os/as manifestantes cantam, “Quem foi que disse que é normal americano vir roubar nosso Pré-Sal”, denunciando a entrega da maior riqueza natural brasileira, que o governo interino, ilegítimo e golpista de Michel Temer está fazendo. Os quais aproveitam a proximidade e realizaram uma visita ao entreguista José Serra ocupando a rampa no Itamaraty. Pois Defender a Petrobrás é defender o Brasil e a Soberania Nacional.
 
Por Comunicação MPA