18 de junho de 2024
Paulo Miranda
MPA Brasil
Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas), mas voltou a figurar no cenário nos anos seguintes após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, chegando ao número de 32 milhões em 2022, com a mesma quantidade de 1993, quando o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, lançou a campanha “Quem tem fome tem pressa”.
Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas), mas voltou a figurar no cenário nos anos seguintes após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, chegando ao número de 32 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, em 2022, o mesmo número de 1993, quando o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, lançou a campanha “Quem tem fome tem pressa”.
Este aumento da fome não ocorreu somente no Brasil. O número de pessoas que passam fome aumentou em 150 milhões, diz o mais recente Relatório do Estado da Segurança Alimentar no Mundo, atingindo também países do Cone Sul, afetados por um modelo econômico que tem se mostrado ineficiente em alimentar adequadamente a população da Argentina, do Chile, do Paraguai e do Uruguai, regiões abundantes em recursos naturais.
Para refletir sobre esta situação e apontar soluções para superar a crise alimentar, a Fundação Rosa Luxemburgo em parceria com a Expressão Popular e movimentos campesinos dos cinco países do Cone Sul acabam de lançar o Atlas dos Sistemas Alimentares do Cone Sul.
O documento tem 99 páginas e foi dividido em duas partes. A primeira, traz um diagnóstico que impede a soberania alimentar dos povos. A segunda parte, aponta alternativas para a implementação efetiva de um sistema alimentar saudável.
No lançamento do Atlas, no sábado (15), no restaurante Raízes, em Santa Tereza no Rio de Janeiro, o coordenador nacional do Movimento de Pequenas Agricultoras e dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Via Campesina Brasil, Anderson Amaro, afirmou que o documento tem várias experiências concretas para superar este modelo capitalista do campo, que alija os campesinos das decisões de políticas públicas do acesso à terra, da demarcação de seus territórios e dos recursos para a produção de alimentos saudáveis.
Nas páginas 58, 59 e 60 do Atlas, o texto assinado por Anderson Amaro, intitulado “Apostar em um sistema alimentar saudável”, convoca todos e todas a “romper com o modelo do agronegócio, responsável pelo sistema que enfrentamos”. Aponta também que na história do Brasil e dos países do Cone Sul, “a agricultura camponesa sempre foi bloqueada, reprimida, perseguida, ao passo que a agricultura colonial e capitalista sempre foi incentivada, protegida e financiada”.
Anderson conclui o seu texto, apresentando oito propostas desafios para a sociedade, a começar pelo fortalecimento da aliança camponesa (campo) e operária (cidade).
Durante a atividade no Raízes, a Fundação Rosa Luxemburgo distribuiu vários exemplares impressos gratuitos da publicação. E vai continuar a distribuir o documento em outros lançamentos. Porém, a versão online está disponível gratuitamente no link abaixo neste site do MPA.
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