13 de abril de 2020

O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) considera que a quarentena é necessária e orienta a todos e todas, que possam, que fiquem em casa. Porém, para além dos perigos do vírus, o isolamento social tem revelado um aspecto preocupante a mais no período: o expressivo aumento das violências praticadas do ambiente doméstico. Quando o tema é o Feminicídio, o estado do Pará desponta na região Norte do país, como aquele em que mais mulehres são mortas.

Na contramão do aumento de todas as formas de violências contra a mulher, ocorre a diminuição brusca das políticas públicas de proteção e prevenção e que se concretizam através da Lei Maria da Penha, de Medidas Protetivas e Casas de Passagem. Sem políticas públicas ocorre o abandono do Estado quando as mulheres mais precisam de proteção.

O MPA tem reforçado a denuncia, visto que uma companheira (cujo nome resguardamos para preservar sua identidade e sua vida) sofreu agressão, violência física, psicológica, patrimonial e moral. A mesma realizou denúncia e informou ao Movimento que ficou completamente desamparada quando mais precisou. As famílias da comunidade de Benevides, por indignação realizou uma passeata por repúdio à violência contra a mulher.

Benedito Augusto Gonçalves do Nascimento, dirignte do MPA no Pará, afirmou que “a partir desse ocorrido, nós estamos apoiando 24 horas as mulheres no que quer que seja, pois elas são vítimas da sociedade, não temos uma outra fala para dizer”. Ele destaca ainda que “infelizmente continua a violência contra a mulher, em todas as partes desse país e aumentou muito com o governo atual”. O caso é um exemplo entre tantas situações que revelam a necessidade união para luta e defesa uns aos outros.

Mulheres neste período de isolamento social #FiquemEmCasa mas, não fique em silêncio. Reaja mulher!