31 de outubro de 2024
Os e as militantes e aliados/as do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) já tem familiaridade com o nome da jovem Brenda Spinosa, que tem composto há bastante tempo os quadros do espaço Raízes do Brasil no Rio de Janeiro e contribuído com as atividades do Coletivo Nacional de Comunicação do movimento. Embora nascida no interior de São Paulo, sua vinculação com o MPA se deu a partir do Rio de Janeiro, território onde cursou a Escola de Belas Artes da UFRJ.
Depois de participar de diversas exposições coletivas, pela primeira vez está concretizando uma exposição em formato solo e ocupando um dos mais importantes espaços do centro do país, a Galeria Mario Schenberg, junto à Fundação Nacional de Artes (Funarte), em São Paulo (SP). A exposição “Cantar a Folha inicia em 9 de novembro e fica aberta ao público até 8 de dezembro, contando com 15 obras assinadas pela artista incluindo pinturas, instalações e fotografias reunidas a partir de uma estrutura de três atos – Denúncia, Memória e Encantamento.
Com a curadoria de Guilherme Cirqueira, “a exposição Cantar a Folha apresenta o pulsar de uma jovem artista e militante que constrói seu trabalho a partir do legado dos movimentos sociais e das lutas do campo. Brenda propõe um resgate de identidades e tradições camponesas a partir de uma abordagem artística e encantada, entendendo a memória como ferramenta política e como território em disputa no Brasil”, informa o press release que está sendo distribuído para divulgar a exposição.
Enfrentar o desencanto e enfeitiçar o futuro!
Para Brenda, Cantar a Folha “é um contragolpe ao desencanto, é do desejo e da necessidade de uma nova juventude fazer vibrar histórias adormecidas e tornar visível as relações de opressão na estrutura social brasileira, para assim esperançar novos futuros e possibilidades de justiça social”.
O título da exposição faz referência direta à frase do historiador Antônio Simas e do pedagogo Luiz Rufino “cantar a folha é reverenciar a permanência da árvore”. Brenda dialoga com esses autores a partir da perspectiva do Encantamento propondo um modo de ver e se conectar com o mundo a partir das relações simbólicas, do respeito às tradições coletivas e das práticas encantatórias.
A pesquisa plástica caminha pela materialidade das mãos, dos saberes tradicionais, dos manuseios artesanais da terra e da manipulação de pigmentos naturais em algodão cru. Para construir suas obras, utiliza plantas e terras como matéria prima na extração dos pigmentos. Desde a terra do quintal da avó até as plantas dos assentamentos e territórios camponeses por onde percorre, do norte ao sul do Brasil, Brenda encontra no chão onde pisa a oportunidade de tecer novas histórias.
“CANTAR A FOLHA é feitiço lançado ao futuro, tomado do desejo desta geração em construir um novo amanhã”, explica a artista, que desafia-se a oferecer a quem se dispor a caminhar pelos três atos da exposição, a compreensão das artes visuais enquanto uma linguagem de agência capaz de produzir e entoar narrativas coletivas.
Programação extra:
De modo especial para quem de alguma forma tem sua história entrelaçada com a bandeira ou com as pautas do MPA, fica reforçado o convite para participar da exposição desta jovem artista, cujos trabalhos já ilustraram inúmeras ações de militância, fortalecendo a comunicação com toques de arte. O movimento, inclusive, estará presente em momentos específicos, compondo programação paralela à exposição.
Entre as atividades extras previstas Brenda receberá no dia 15/11, o curador, Guilherme Cirqueira, para uma visita guiada à exposição (14h), e a escritora Lane Lopes para a oficina de escrita “Confecções de Memórias” (15h).
Já no dia 30/11 será realizada uma roda de conversa junto aos Movimentos Sociais abordando “Saídas Populares para Emergências Climáticas” no com a presença de representantes de movimentos populares. Todas as atrações são gratuitas e abertas ao público.
Serviço:
Exposição Cantar a Folha / Artista visual: Brenda Spinosa / Curadoria: Guilherme Cirqueira
Produção Executiva: Lane Lopes / Uma produção Miolo Lab e coletivo Uma Película
De 9 de novembro a 8 de dezembro / Funarte São Paulo / Galeria Schenberg
Endereço: Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos, São Paulo-SP
Horário: 14h às 19h (quarta-feira a domingo)
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