1 de outubro de 2025
A RESPOSTA DO POVO – Pressão social segue sendo estratégica para a luta dos povos
Por Lucas Araújo – Coletivo Estadual de Comunicação do MPA Bahia
Com o avanço da extrema direita na última década, e seus projetos que atacam direitos civis — como o novo ensino médio, o teto de gastos, o arcabouço fiscal e a reforma administrativa — uma pergunta ecoou de forma constante: como frear quem nos fere?
A eleição de Lula em 2022 foi a hipótese escolhida pelo povo, que enfrentou um cenário de acirramento, hostilidade, fake news, violência e até intervenções da Polícia Federal no dia da votação. Mas a resposta definitiva ainda não veio. A vitória foi uma reação tímida diante de uma fera que cravou suas garras no solo e na bandeira do Brasil, fazendo o país sangrar: o retorno ao Mapa da Fome em 2022, os 33 milhões de brasileiros jogados à insegurança alimentar e à fome e os mais de 700 mil mortos pela Covid-19 e são feridas abertas da gestão Bolsonaro.
Caminhamos para 2026 tendo retirado o país do Mapa da Fome, mas ainda tropeçando na mobilização da extrema direita, escancarada com a chamada PEC da Bandidagem, que ataca os avanços populares no combate à corrupção e à impunidade parlamentar. Diante dos limites do enfrentamento institucional, partidos de esquerda e movimentos sociais convocaram o 21 de setembro como um dia de resistência.
A resposta popular foi massiva. Naquele dia, a pressão das ruas conseguiu barrar a PEC na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania). Mas mais do que impedir um retrocesso, o dia 21 foi a reafirmação do espírito de retomada: da bandeira brasileira, sequestrada pela extrema direita, e agora estendida novamente por mãos trabalhadoras, negras, femininas, LGBT+ — por todos os rostos que de fato compõem o Brasil real. Gritando contra a PEC da Bandidagem e contra a anistia aos golpistas de 8 de janeiro, essa foi mais uma resposta popular à ofensiva autoritária.
Ainda tímida, é verdade. Mas histórica: pela primeira vez, militares e um ex-presidente estão sendo julgados por tentativa de golpe de Estado. Mais do que comemorar, é preciso perguntar: como avançar? A resposta está nesse mesmo espírito de resistência — daqueles que são esmagados pela máquina do capital, mas que, ainda assim, voltam às ruas para lutar mais um dia.
A pergunta “como resistir?” seguirá existindo, e as respostas virão de diferentes correntes dentro da esquerda. Mas, como no 21 de setembro, a resposta mais potente virá do povo — e, para ouvi-lo, é preciso estar ao seu lado.
A votação dessa PEC escancarou de que lado o Congresso está: o lado da burguesia. Mas há algo que o Congresso não pode fazer: vencer o povo. Essa não é uma utopia futura — é a celebração de lutas concretas. Se há avanços no país, eles vêm das ruas. E resta ao Congresso se render.
Por fim, não há o que temer. O povo responde — sempre respondeu — e continuará respondendo.
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