5 de fevereiro de 2018
Conjuntura sócio política do Brasil foi tema do II Festival das Sementes Crioulas da Bahia. A mesa aconteceu na manhã de sexta (02) e foi mediada pelo dirigente nacional do MPA, Luís Carlos de Rondônia e Djacira Araújo dirigente estadual da Bahia do MST. O espaço teve como objetivo possibilitar o estudo e análise para camponeses e camponesas da situação que vive o Brasil e da crise do Capital que o mundo inteiro tem sido afetado.
Na ocasião, Djacira trouxe elementos sobre a atual crise política instalada arbitrariamente pela elite golpista do Brasil, ela ressalta que “não se trata apenas de uma crise política, mas também da crise do Capitalismo, que se manifesta em diversas esferas seja do ponto de vista econômico, cultural e social, trazendo como consequência a crise de valores, fortalecida pela elite conservadora, onde prevalece a prática do racismo, machismo, além do crescente número de assassinatos a jovens indígenas, quilombolas, negros e ainda a cultura do estupro”. Fica claro em suas palavras que a crise do capital traz consequência horríveis para os trabalhadores e trabalhadoras, portanto, precisamos ir à luta.
O golpe a presidenta Dilma Rousseff acentuou a crise econômica no país, mas não só política e juridicamente a crise está instalada. Aponta ela “os golpistas detêm poder sobre a mídia e sobre o poder legislativo, e que atualmente o plano de continuação do golpe é impedir a candidatura do ex-presidente Lula”.
O aumento do desemprego, as privatizações das riquezas do país, a concentração das riquezas na mão da elite é resultado das medidas tomadas pelo atual governo que causa desigualdades sociais, um rompimento com o período progressista. Djacira citou que as conquistas que estão sendo retiradas dos trabalhadores, através das medidas arbitrarias e perversas configurada de reforma trabalhista e da reforma previdenciária, além de outras medidas que só prejudica ao povo e aumenta a riqueza de empresários.
Por sua vez, Luís destacou os desafios e perspectivas da Classe Trabalhadora e Campesinato no atual cenário político, judicial e ambiental.
Fica claro nas falas do companheiro Luís que “o contexto político do Brasil exige muito de nós, povo brasileiro, lutar e resistir são nossas ferramentas. Nada é mais forte e resistente do que as sementes crioulas, precisamos continuar cuidando, preservando-as e assim, seguimos nos alimentando dessa força e resistência”, aponta Luís.
Por Comunicação MPA
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