11 de novembro de 2024
Os mais de 100 feirantes de todo o estado de Santa Catarina representaram os movimentos da Via Campesina, de comunidades quilombolas e indígenas, Fetraf-SC e UNICAFES.
Em Florianópolis, a abertura da II Feira Estadual da Reforma Agrária, Agricultura Familiar e Economia Solidária foi um momento de celebração dos trabalhadores que cultivam e colocam alimentos saudáveis na mesa do povo brasileiro. A abertura aconteceu na tarde de quinta-feira (7), no principal auditório do campus Trindade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O primeiro dia contou com músicas e declamações de versos sobre a conexão entre quem trabalha no campo e a terra. Além disso, também se viu produtos agroecológicos e as bandeiras dos movimentos e entidades.
Com exposição e comercialização de produtos, além de atrações culturais, a feira acontece na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria da UFSC, até sábado (9). Simultaneamente à 21° Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), maior evento de divulgação científica do estado. Além disso, os mais de 100 feirantes de todo o estado de Santa Catarina. Eles representam os movimentos da Via Campesina, de comunidades quilombolas e indígenas, Fetraf-SC e UNICAFES.
Abertura trouxe boas notícias
Entre os pontos altos da cerimônia, está a entrega de equipamentos do projeto “Tecendo redes, saberes e quintais produtivos” às mulheres camponesas. Do mesmo modo, o projeto do Governo Federal, via Sub-Secretaria de Mulheres do MDA, busca potencializar o trabalho produtivo das camponesas. Isso através de seus quintais produtivos e é uma luta histórica das mulheres do campo, das águas e das florestas.
Outro momento importante foi o anúncio pelo reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza. Em outras palavras, ele informou que que a instituição está a construir um programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar camponesa.
A beneficiária Marlene Aparecida Ribeiro, de Major Gercino, falou da conquista e da luta pela permanência no campo. Sua fala ocorreu na entrega dos equipamentos para estruturação dos quintais produtivos. Outra a se manifestar foi a representante do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Joana Sebben. Ela destacou a importância da feira e da localização deste ano, na UFSC, sendo muito aplaudida.
“Estar nesse espaço sempre foi um sonho para nós, mulheres agricultoras. Além disso, nós produzimos com muita dedicação e amor os nossos moranguinhos e tantos outros alimentos saudáveis. Nesse sentido, agora, com nossa luta, estamos também aprendendo a usar microfone e a ocupar esses locais”, disse ela.
O anúncio do reitor também recebeu aplausos e elogios. “Agora, não estaremos mais aqui uma vez por ano só. Toda semana, vamos encostar nossos caminhões com produtos para entregar”, comemorou o diretor da Cooperativa Central da Reforma Agrária de Santa Catarina, Lucidio Ravanello.
Cozinhas comunitárias
Ele também contou que, no encerramento da feira, haverá entrega de doações para quatro cozinhas comunitárias de Florianópolis e plantio de árvores. Outra manifestação foi da presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária em Santa Catarina, Sandra Bergamin. Ela reforçou a necessidade de mais políticas públicas para que agricultores, assentados e empreendedores da economia solidária. Para que possam continuar ajudando a desenvolver o estado com sustentabilidade.
Ainda na abertura, houve o lançamento do programa Mais Gestão – Região Sul, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). O programa é uma parceria com a UFSC e a Udesc, que visa promover o fortalecimento econômico dos empreendimentos da agricultura familiar. Além disso, busca ampliar a distribuição de alimentos de qualidade. A vice-diretora do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, Marlene Grade, destacou a importância da iniciativa para construir resiliência na agricultura, frente à crise climática.
O coordenador geral de Cooperativismo e Associativismo do MDA, Rogério Mauro, também pontuou o papel de fortalecer as organizações de base para melhorar produtividade, renda e qualidade de vida no campo.
Representantes de vários órgãos marcaram presença
Além das já mencionadas, diversas outras autoridades e lideranças históricas na defesa da reforma agrária, da agricultura familiar camponesa e da economia solidária compuseram a mesa de abertura. Entre elas a vice-reitora Joana Célia dos Santos; o pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick; a pró-reitora de Extensão, Olga Garcia e a pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, Simone Sampaio. Também estiveram ali o chefe do Núcleo de Suporte de Produção Orgânica do Ministério da Agricultura, Elder Guedes; o gerente de Avaliação e Credenciamento da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, Francisco Caramuru e o coordenador de Projetos de Agronegócios do Sebrae/SC, Denilson Coelho.
Outras autoridades presentes foram o gerente de Mercado Agro do Banco do Brasil em Santa Catarina, Flavio Covolo; o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Santa Catarina, Dirceu Dresch e a gerente de Operação da Companhia Nacional de Abastecimento, Maria de Lourdes Nienkoetter. Além disso, também participaram da abertura o superintendente regional do MDA, José Fritsch; o superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, Paulo Eccel e o diretor de Comércio e Serviço da Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e do Serviço de Santa Catarina, César Winck.
Além deles o presidente da Epagri, Dirceu Leite; a representante do Núcleo Diversidade, Direitos Humanos e Ações Afirmativas da Udesc, Ana Merabe de Souza e a presidente do sistema Unicafes Brasil, Fátima Torres. Também o representante da União Nacional das Cooperativas da Reforma Agrária Popular do Brasil, Francisco Dalchiavon; a presidente Central Única dos Trabalhadores em Santa Catarina, Anna Julia Rodrigues e a representante do Fórum de Economia Solidária e Povos Tradicionais, Leila Severo. Também o diretor do Cresol Central Brasil, Romeu Both.
Economia Solidária
A mesa de debate ECONOMIA SOLIDÁRIA, COOPERAÇÃO E INTERCOOPERAÇÃO POR UM MUNDO MAIS JUSTO E SUSTENTÁVEL aconteceu na tarde de sexta, 8, na programação da Feira.
A professora Leila Severo, do Fórum Catarinense de Economia Solidária, trouxe demandas importantes da área. Ela foi uma das debatedoras da mesa de debate ECONOMIA SOLIDÁRIA, COOPERAÇÃO E INTERCOOPERAÇÃO POR UM MUNDO MAIS JUSTO E SUSTENTÁVEL, que aconteceu na tarde desta sexta, 8, na programação da Feira. Clique e assista!
Ato de lançamento do Plano Clima do Cooperativismo Solidário. Sistema Unicafes fez ato de lançamento do Plano Clima do Cooperativismo Solidário
O ato foi realizado neste sábado, 9, de manhã na II Feira Estadual da Agricultura Familiar, Reforma Agrária e Economia Solidária, na UFSC, em Florianópolis.
O Plano busca conectar estratégias de geração de renda com proteção ambiental, utilizando mecanismos como pagamento por serviços ambientais, crédito de carbono e a produção de alimentos saudáveis por meio de práticas agroecológicas.
O Plano Clima também busca oferecer alternativas sustentáveis de geração de renda para os agricultores familiares, promovendo acesso à mercados e tecnologias limpas.
O Plano Clima do Cooperativismo Solidário de Santa Catarina propõe um modelo de cooperativismo solidário includente, que une a sustentabilidade ambiental e a justiça social.
Durante o ato, coordenado pela presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiares e Economia Solidária de Santa Catarina (Unicafes/SC), Sandra Bergamin, vários temas foram abordados. Jéssica Ramon e Luiz Fernando Lopes da Costa, da Unicafes Paraná fizeram referência sobre a problemática climática e importância de se dar visibilidade e de valorar todo trabalho de preservação ambiental realizado pelos agricultores familiares. Otávia Mattiola e Ivanete de Souza abordaram experiências da Cooperfavi de organização produtiva agroecológica com o uso de bioinsumos e fizeram referência sobre os eixos norteadores do plano.
O Superintendente do MDA/SC, José Fritsch e o deputado estadual Marquito também falaram no ato, trazendo elementos importantes sobre a legislação ambiental e políticas para que o poder público possa avançar nessa temática e trazer diversos benefícios para quem quer produzir preservando o meio ambiente, unindo a questão econômica à ambiental.
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