9 de outubro de 2016

Ernesto Guevara, o Che, há 49 anos no dia 8 de outubro, era capturado pelas forças militares bolivianas no povoado de La Higuera, juntamente com Simon Cubas. Foram 1500 soldados, instruídos pela Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), para capturar 17 combatentes, todos assassinados no mesmo dia ou no outro. Che é assassinado no dia seguinte de sua captura, mas, como toda semente plantada na terra fértil, renasce em mística, luta e poesia tornando-se o símbolo da juventude revolucionária.

Seu espírito revolucionário tem passado por gerações, alimentado a rebeldia revolucionária da juventude. “Che continua sendo uma grande inspiração revolucionaria para nossa juventude que ousa pensar o Projeto Popular, no Socialismo que acredita na Revolução Brasileira”, lembra a jovem camponesa e dirigente do MPA, Rafaela Alves.

“Sentimos o Che chamando a juventude à luta, a cumprir com sua tarefa na história cada vez que ouvimos seu nome, lemos seus escritos, sonhamos e projetamos o mundo diferente e por isso melhor. Os jovens devem ser incansáveis, ‘os primeiros em tudo’, praticar a rebeldia, na sua a ação projetar o futuro, ver o povo no poder, a cada passo se negar a servir as ideias do capital”, afirma Rafaela.

Apesar de sua morte, a cada nova geração seu legado se renova. “Não é fácil conjugar numa pessoa todas as virtudes que se conjugavam nele. Não é fácil que uma pessoa de maneira espontânea seja capaz de desenvolver uma personalidade como a sua. Diria que é desse tipo de homens que é difícil igualar e praticamente impossível superar. Porém diremos também que homens como ele são capazes, com seu exemplo, de ajudar que surjam homens como ele. (…). Muitas coisas ele pensou, desenvolveu e escreveu. E há algo que deve se dizer num dia como hoje: é que os escritos de Che, o pensamento político e revolucionário de Che têm um valor permanente no processo revolucionário cubano e no processo revolucionário da América Latina”, assim, Che é definido por Fidel Castro ao discursar na Praça da Revolução em Havana, no dia 18 de outubro de 1967.

Para a jovem camponesa do MPA, “Che continua presente, renascendo em cada jovem que com sua consciência e esperança se movimenta nas fileiras da luta dos trabalhadores para construir o mundo que deseja ter para as presentes e futuras gerações! Che nos inspira porque ensina com seu exemplo de disciplina, com sua prática, com sua teoria, com sua capacidade de ver perto o que parece distante”.

Olhando para a juventude que hoje se organiza nas ruas, escolas, universidades, no campo, na cidade, na favela, Rafaela afirma: “a juventude que hoje se organiza, grita contra o golpe, por uma Constituinte do Sistema Político Exclusiva e Soberana, por nenhum direito a menos, contra os retrocessos na educação, contra as opressões, compreende bem que o que está em jogo é a disputa pelo presente e o futuro, por isso, não teme as atitude dos que se acham poderosos e dá sua lição nas redes sociais, no fazer do trabalho de base, nas ações de agitação e propaganda – afirma que a nossa rebeldia é o povo no poder! Nessa juventude vemos claramente renascendo outros/as Marighela, Margaridas, João Pedros, Chaves, Rosas, Freires, Olgas, Zumbis, Dandaras, CHES”. É a certeza de que o guerrilheiro renasce em cada jovem que cultiva a rebeldia!

Por Comunicação MPA