24 de fevereiro de 2025
No marco do 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras, a Via Campesina convoca à mobilização global para enfrentar o avanço do fascismo, a violência e a crise alimentar.
O movimento camponês denuncia o impacto da crise social e econômica, evidenciada pelo aumento da pobreza, do desemprego, das dívidas rurais e da grave crise migratória tanto no campo quanto nas cidades. Também aponta para a crescente influência de políticas neoliberais que minam direitos históricos e o bem comum, ao mesmo tempo em que incentivam a pilhagem de recursos naturais e o enfraquecimento da democracia, e que afetam principalmente mulheres, pessoas diversas e crianças.
Alarme sobre o avanço do fascismo e da militarização
A Via Campesina alerta sobre a ascensão de governos de direita que promovem práticas fascistas e racistas. A militarização em países como Palestina, Sudão, Iêmen, Haiti, Equador e Colômbia é uma grande preocupação, pois impacta diretamente a autodeterminação dos povos e aumenta a violência e a criminalização dos movimentos sociais.
Mulheres camponesas, indígenas, pescadoras, pastoras, nômades, migrantes, agricultoras e outras desempenham um papel fundamental na luta por um modelo social baseado na Soberania Alimentar e na justiça social e ambiental. A Agroecologia Camponesa se posiciona como uma alternativa viável ao sistema capitalista, patriarcal e neoliberal que ameaça os ecossistemas e as pessoas que vivem neles. Precisamos promover uma transição agroecológica urgente nas mãos dos camponeses e das comunidades rurais e urbanas.
Entretanto, o modelo capitalista do agronegócio e da mineração continua se expandindo sobre nossos ecossistemas e territórios. Eles nos matam com o extrativismo agrícola, os agrotóxicos e as práticas de escravidão moderna, com microcréditos que nos endividam, nos expulsam de nossas terras, agravando a crise ambiental e social.
Crise alimentar e violência estrutural
O relatório Visão Geral Humanitária Global 2025 do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alerta que mais de 280 milhões de pessoas enfrentam fome aguda diariamente.
A crise alimentar está diretamente relacionada aos conflitos e ao modelo extrativista que desloca comunidades inteiras e ameaça a soberania alimentar.
A Via Campesina também denuncia o aumento da violência de gênero e a impunidade dos feminicídios. Em 2023, a ONU Mulheres registrou 85 mil assassinatos de mulheres e meninas, dos quais 51 mil foram cometidos por parceiros íntimos ou parentes próximos. A organização ressalta a urgência de políticas públicas que protejam as mulheres e impeçam a revogação de leis sobre feminicídio, paridade de gênero e educação sexual.
Hoje, como todos os dias, levantamos nossas vozes pelas vítimas. Não esquecemos seus nomes; aqueles(as) que não estão mais conosco continuam presentes em nossa luta e memória.
Exigimos justiça e não toleraremos mais impunidade ou esquecimento!
Chamado para ação antifascista neste #8M25
Nós, mulheres, colhemos no plano político o que cultivamos há muito tempo por meio da organização e da mobilização. A conquista de direitos é resultado do esforço coletivo da classe trabalhadora. Saudamos todas as mulheres que, de diferentes territórios, sustentam a vida, a alimentação, o cuidado e as transformações sociais.
Como Via Campesina, reafirmamos nosso compromisso com o Feminismo Camponês e Popular e nossa Campanha Global Pare a Violência, promovendo respostas concretas às crises atuais a partir da perspectiva da Soberania Alimentar e da luta feminista.
Ao mesmo tempo, apela à solidariedade e mobilização internacional contra o fascismo, em defesa dos direitos humanos, da soberania alimentar e da justiça social. Nós, mulheres, continuamos marchando, denunciando a violência e os crimes ambientais e sociais, lutando contra a pilhagem de nossas riquezas e o massacre de nosso povo.
Continuamos a tecer redes e alianças para desmascarar o patriarcado, o capitalismo e o neoliberalismo que ameaçam a vida no planeta!
Como parte desta jornada global, pedimos que você participe ativamente:
Seguindo e divulgando nas redes sociais com as hashtags: #8M25 #FeminismoCampesinoYPopular #MujeresEnLucha #SoberaníaAlimentariaYa #BastaDeViolenciaContraLasMujeres
Via Campesina nas redes sociais:
Facebook: @viacampesinaOFFICIAL
Instagram: @la_via_campesina_official
Twitter: @viacampesinaSP
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |