6 de outubro de 2022
Organizamos 4 pontos principais para orientar nossa militância sobre este segundo turno
Comunicação
MPA Brasil
1 – Estamos vivendo uma transição de período histórico
O MPA tem realizado desde 2018, marcado pelo encontro nacional da coordenação do movimento em Caruaru, no Pernambuco, um debate profundo sobre uma transição de período histórico, uma época de mudanças. Há uma crise na democracia burguesa, uma multipolaridade de poder marcada principalmente pela contraposição dos Estados Unidos com China e Rússia. Vivemos uma mudança de tecnologia e a pandemia agudizou isso. Há altas taxas de inflação na Europa que não se via há 30, 40 anos, junto com uma guerra no meio deste continente. Vimos recentemente a ascensão de um governo de extrema-direita, no estilo Bolsonaro, na Itália.
Isso tudo significa que não estamos navegando em um mar calmo e tranquilo, estamos em um momento muito turbulento. E estas questões todas colocadas são de extrema importância para compreendermos o que estamos vivendo no Brasil hoje e a importância histórica que estas eleições têm.
2- Nós sofremos de excesso de otimismo
Saímos de 2018 com Lula preso, imaginando que Bolsonaro iria prender todos militantes de partidos de esquerda e de movimentos populares. Era um medo grande de violência política. 4 anos depois pensamos que ganharíamos em todos os estados, eleger a maior bancada de todas no congresso. E quando isto não aconteceu veio a frustração. Mas conseguimos conquistar muitas vitórias importantes. O PT quase foi pro segundo turno no Rio Grande do Sul, conseguimos garantir ida ao segundo turno na São Paulo, Bahia, Sergipe e Santa Catarina, elegemos o Elmano Nascimento para governador no Ceará e Rafael Fonteneles no Piauí e garantimos a reeleição de Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte no primeiro turno além de aumentar o time do partido no congresso. Há muitos aspectos positivos e depois das várias análises e de baixar a poeira do primeiro turno percebemos que a esquerda orgânica cresceu muito. Um exemplo é Boulos com mais de 1 milhão de votos, houveram muitas candidaturas que aumentaram a bancada e representação da esquerda. Ao mesmo passo, claro, que a direita orgânica também cresceu, o chamado centrão diminuiu, inclusive aqueles setores de esquerda mais em cima do muro também apanharam um tanto.
O saldo do primeiro turno é positivo. Obviamente que muitos quadros da direita se elegeram, mas consolidando uma vitória de Lula ainda é possível ter governabilidade, porque ao fim ao cabo não tem alterações muito diferentes das que já estão colocadas.
3- Garantir a vitória de Lula é uma tarefa da nossa geração
Sempre há um debate de que as eleições presidenciais sempre são decisivas, e esta tem um caráter ainda mais importante. Uma vez que Bolsonaro, no seu primeiro mandato, conseguiu destruir o INCRA, a FUNAI, a Fundação Palmares, toda e qualquer política na área da cultura, do enfrentamento as desigualdades raciais e à violência contra as mulheres, os indígenas, os camponeses. Em um segundo mandato ele conseguirá indicar dois ministros do Supremo Tribunal Federal e terá muitos representantes no senado. Ou seja, a política genocida irá alcançar um novo patamar. Isto precisa ser freado. É preciso ter coragem, porque se temos medo de colocar um adesivo neste momento de eleição, com uma possível vitória de Bolsonaro, teremos mais motivos para ter medo em um segundo mandato.
4- Há muito o que fazer
Obviamente que uma vitória de Bolsonaro significa embarcarmos em um dos momentos mais tristes e trágicos da nossa história. O que não significa que encontraremos o paraíso com a vitória de Lula, teremos que garantir sua governabilidade e que nossas reivindicações sejam atendidas, isto não será uma tarefa fácil. Por isso, não podemos ter medo, nem vacilar, precisamos ir pra cima com toda nossa força e potencialidades. É hora de garantir uma ampla e forte articulação com os setores e forças progressistas dos nossos territórios. Pedir voto, conversar e dizer que Lula não roubou, que não vai fechar igrejas. Precisamos denunciar a incompetência e os crimes de Bolsonaro. Temos que fazer trabalho de base, campanha, inclusive nas redes sociais, mas, principalmente nas ruas! É hora de pedir voto!
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