20 de novembro de 2018
As lutas começaram há séculos e ainda continuam! Ao primeiro olha, está afirmação parece retórica, mas enquanto houver divisão de classe e de cor num país que tem a segunda maior população negra do mundo, sim, a luta por igualdade e contra o racismo se faz necessária.
Segundo dados das Organizações das Nações Unidas (ONU) no Brasil, a população negra é a mais afetada pela desigualdade e pela violência, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Conforme o Atlas da Violência (2017), a população negra equivale a 78,9% dos indivíduos, dos quais 10% tem mais chances de serem vítimas de homicídios.
Já os dados reunidos pela SEPPIR, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”, revelando que os brasileiros têm sido indiferentes a um problema que deveria ser de todos. Das 4.222 pessoas mortas em decorrência de intervenção policial, 76,2% eram negras.
Quando fazemos um recorte de gênero, o feminicídio no Brasil também tem cor, entre 2003 e 2013, o número de mulheres negras assassinadas cresceu 54%, enquanto o índice de feminicídios de brancas caiu 10% no mesmo período, como revelam os dados do Mapa da Violência 2015, organizado pela Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais. As mulheres negras, segundo dados do Ministério da Saúde e da Fiocruz, são as mais atingidas pela violência obstétrica (65,4%) e pela mortalidade materna equivalente a 53,6%.
Quando falamos de acesso à Educação, os dados revelam o porquê as cotam incomodam tanto, tornando-se preocupante. Apenas 12.8% dos estudantes de ensino superior são negros, mas, nos presídios a juventude negra corresponde à 64% da população carcerária. Sendo assim, por que, um negro buscando diploma incomoda mais do que um na prisão?
Estes são apenas alguns dados, entre tanto, que apontam a necessidade de conhecermos melhor a realidade do país. Revelam um confronto das estatísticas, onde o racismo vem sendo sustentado por três séculos de escravidão, e mais além, vendo sendo criminalizado por uma sociedade que se desconhece.
Por Comunicação MPA
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