11 de dezembro de 2023

Homenageando Noêmia Magalhaes, somando 6 encontros, a escola encerrou no domingo, 3 de dezembro

Coletivo Gênero MPA RJ

Foi encerrado no último domingo, 3 de dezembro, a 1ª Escola de Formação de Mulheres Noêmia Magalhaes, realizada pelo Coletivo de Gênero do MPA do Rio de Janeiro. O nome da escola é uma referência a Dona Noêmia Magalhaes mulher, militante do MPA, que tem travado uma importante luta pelo direito a permanecer em seu território em São João da Barra. RJ, contra o Porto do Açu.

A escola foi construída a partir do entendimento da importância e da necessidade da formação militante das mulheres do movimento, para que estas possam cumprir um papel ativo e central na transformação revolucionária da sociedade.

A escola teve como objetivo fortalecer o trabalho político-organizativo das militantes do MPA desenvolvendo ferramentas de trabalho popular, foi construída de forma que intercalasse momentos teóricos e práticos. A partir do feminismo camponês e popular buscou-se refletir e planejar sobre a estratégia do MPA para construção de territórios de poder popular.

Foram realizados 6 encontros mensais ao longo do ano. Os encontros abordaram diversos temas, dentre eles feminismo camponês e popular, poder popular, investigação e ação participativa, educação popular, culminando com o planejamento do trabalho político para o Coletivo de Gênero estadual para o próximo ano.

A escola foi possível devido a “disciplina consciente, voluntária e revolucionária” das militantes que ajudaram a construir os momentos de formação, da parceria com a companheira do Congreso de Los Pueblos – que em conjunto com a coordenação planejou os espaços de formação – , dos estagiários e professoras do QADE/ESS da UFRJ, que estavam na equipe de sistematização, e o apoio e participação das mulheres do coletivo nacional de gênero.

Entendemos que a luta camponesa, agroecológica e socialista é a luta feminista e que, portanto, temos o desafio de elevar o papel das mulheres na luta.