14 de outubro de 2020

A identidade cultural camponesa é marcada pelo modo de ser, viver e produzir, baseada em três elementos que a norteiam: tempo, lugar espaço. São diversas as expressões culturais que vão desde os festejos religiosos, crenças, mutirões, vestimentas, formas de luta, resistência, comidas típicas, teatro, cinema, danças, música, das mais variadas formas (poesia, trova, repente, moda de viola etc.).

A agricultura familiar camponesa está ameaçada e em risco em diversos aspectos pelo agronegócio, nesta relação imbrica a lógica da rapidez das máquinas, dos venenos, do lucro, da sobrevivência e destruição da natureza. No campo imaterial, impõe o rápido consumo de músicas e que inibe a criatividade, algo que é fundamental na relação camponês e natureza. As expressões e manifestações culturais do campesinato mesmo com essas adversidades  continua firme e mais do que nunca, é resistência.

Todo esse modo de vida vem sendo ameaçado pelo atual governo, aliado ao grande capital representado pelas grandes empresas do agronegócio, pois, tentam destruir o modo de vida e a cultura dos povos, banalizando por meio da indústria cultural, que atua na imposição de hábitos alimentares, industrializados, que padronizam o consumo, introduzindo produtos transgênicos, agrotóxicos, com conservantes químicos, impactando diretamente na saúde da população. Aliado a tudo isto, temos a fome como um fenômeno capitalista, que se massifica neste atual momento, pelos territórios.

A forma de produzir pelo campesinato  é uma dimensão cultural que estimula a territorialidade e a diversidade regional. Leva em consideração, o que produz e para quem produz priorizando o cultivo de alimentos saudáveis, diversificados, com respeito à natureza, para o consumo da família e o abastecimento do mercado local, territorial ou nacional.

Diante deste contexto é de fundamental importância a luta pela afirmação da diversidade cultural camponesa, potencializando sua dimensão política no processo de luta em defesa da produção agroecologia, na diversificação dos alimentos, preservando as sementes crioulas, enfrentando o agronegócio e os transgênicos rumos à Soberania Alimentar.

A construção de uma nova Sociedade, passa pelo o que consumimos em nossa mesa, o que também uma decisão política, quando decidimos colocar em nosso carrinho de compras.

Defender o Planeta também diz respeito à alimentação saudável.

#ContraFomePorSoberaniaAlimentar #MovimentodosPequenosAgricultores #reajacontrafome #alimentoéumdireito #outubrodelutas #JornadaMPA #EsTiempoDeTransformar #SoberaníaAlimentariaYA